O Dia do Ortopedista, celebrado em 19 de setembro, é uma ocasião propícia para refletirmos sobre a saúde do sistema musculoesquelético. A ortopedia e traumatologia, áreas que lidam com os cuidados e tratamentos relacionados aos ossos, músculos, ligamentos e articulações, desempenham um papel crucial na qualidade de vida das pessoas. Nesse contexto, a lombalgia, popularmente conhecida como “dor nas costas”, emerge como um problema de saúde significativo.

A lombalgia afeta uma parcela substancial da população, com estimativas da Organização Mundial da Saúde apontando que oito em cada dez pessoas, ou 80% da população, enfrentarão pelo menos uma vez na vida essa condição dolorosa. Dados do Instituto Nacional da Seguridade Social (INSS) indicam que a lombalgia é uma das principais causas de afastamento do trabalho, com cerca de 100 mil profissionais sendo afastados anualmente devido a esse distúrbio.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também alerta para a amplitude do problema, revelando que aproximadamente 5,4 milhões de brasileiros enfrentam algum tipo de problema na coluna vertebral. Um Dra. Etelvina Vaz, ortopedista do Instituto Ortopedia e Trauma de Pernambuco (IOT), comenta: “Quem nunca teve a dor, conhece alguém que já ficou impossibilitado de realizar suas atividades diárias por causa da dificuldade de locomoção.”

A lombalgia pode manifestar-se como dor na região lombar, que pode se estender até as nádegas e a parte posterior das coxas, mas geralmente não vai além do joelho, sem afetar um trajeto de nervo específico. Cerca de 1% dos pacientes com lombalgia aguda desenvolvem ciática, caracterizada pela dor irradiada para o território de uma raiz nervosa lombar, frequentemente acompanhada de dificuldades para caminhar e formigamento.

A dor lombar é um problema multifatorial e uma questão de saúde pública tanto no Brasil quanto no mundo. Estatísticas mostram que entre 65% e 90% dos adultos experimentarão um episódio de lombalgia aguda em algum momento de suas vidas, com o pico de incidência ocorrendo entre os 35 e 55 anos de idade.

A prevenção da lombalgia é a estratégia mais eficaz para evitar crises de dor lombar. Medidas como manter uma postura adequada ao sentar, praticar atividades físicas com orientação profissional e realizar consultas de manutenção da coluna regularmente são meios de prevenir lesões graves na região lombar e preservar a qualidade de vida.

SERVIÇO:
Instituto de Ortopedia e Trauma de Pernambuco (IOT)
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