Toda primeira terça-feira de maio é lembrado o Dia Mundial da Asma, data cujo objetivo é aumentar a conscientização sobre esta que é uma das doenças crônicas mais comuns no mundo, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT), afetando cerca de 339 milhões de pessoas, dentre crianças a adultos. Só no Brasil, estima-se um número aproximado de 20 milhões de asmáticos (23,2% da população). Para marcar o dia, o Ambulatório de Pneumologia do Hospital das Clínicas da UFPE realizará ação com os pacientes do setor, nesta quarta-feira (7), das 8h às 10h, no 5º andar do hospital.

Haverá uma palestra educativa sobre asma, ministrada pelas enfermeiras da Pneumologia e organizadoras da ação, Andrea Timóteo e Viterbina Araújo, além de distribuição de  material informativo e um jogo de perguntas com mitos e verdades sobre a doença.

Asma é uma doença onde há inflamação dos brônquios, com consequente produção de muco (escarro) e redução do calibre dos brônquios (broncoespasmo). Os principais sintomas são tosse, falta de ar (dispneia), chiado torácico (sibilos) e opressão torácica. Os tipos de asma estão relacionados ao tipo de inflamação subjacente (alérgica, eosinofílica, não eosinofílica), que define os fenótipos da asma. Para essa classificação são solicitados alguns exames laboratoriais simples, como hemograma e teste alérgico. Independente da classificação, os sintomas são semelhantes.

A conscientização sobre a asma é importante pois a falta de adesão ao tratamento aumenta o risco de crises, falta de controle da inflamação e sintomas, com consequente piora na gravidade da doença. Segundo dados do Ministério da Saúde, a asma exacerbada é a 4ª causa de internamento hospitalar, com cerca de 300 mil casos e um custo anual de R$ 537 milhões para os cofres públicos.

ATENDIMENTO NO HC

O HC-UFPE dispõe de quatro turnos de ambulatórios específicos para asma, um deles direcionado para pacientes com diagnóstico de asma grave em uso de imunobiológicos, para os quais é disponibilizado um treinamento para que possam realizar a autoaplicação da medicação subcutânea a partir da quarta dose (as três primeiras precisam ser realizadas em ambiente hospitalar, para vigilância de efeitos colaterais). Também são feitas reuniões multidisciplinares mensais, intituladas reunião T2, para discussão de casos mais complexos. Além de pneumologistas, também participam destas reuniões otorrinolaringologistas e imunologistas.

“É extremamente importante o acesso gratuito ao tratamento da asma, para que tenhamos bom controle da inflamação e sintomas e, quem sabe, redução na proporção de pacientes com asma grave a longo prazo. A curto prazo, com melhor controle dos sintomas, já há uma redução no número de crises com necessidade de hospitalização e absenteísmo [falta escolar ou laboral]”, comenta a chefe da Pneumologia do HC, Carolina Freitas, sobre a importância do atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS), do qual o HC e demais hospitais da rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) fazem parte.

Atualmente, no SUS, é disponibilizado o tratamento para asma em todos os “passos” da doença, como preconizado por diretrizes nacionais e internacionais. Desde corticoide inalado isolado, passando pelas combinações com broncodilatadores de longa ação até imunobiológicos – esses últimos pelo programa de medicações especiais e o primeiro pelo programa de farmácia popular junto com o broncodilatador de curta ação usado no resgate das crises.

Sobre a Ebserh

O HC-UFPE faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.