“Eu quero justiça” pede mãe de jovem torturada e morta por duas adolescentes em Paulista

 “Eu quero justiça” pede mãe de jovem torturada e morta por duas adolescentes em Paulista

Foto: Reprodução/WhatsApp

Os pais de Raíssa Sotero Rezende que foi torturada e morta por duas adolescentes na Praia de Maria Farinha, em Paulista, no Grande Recife, na manhã da terça (25), foram ao Instituto de Medicina Legal (IML), no Centro da capital, para retirar o corpo da jovem, nesta quarta (26).

“Não desabei ainda. Ainda tô inteiro aqui, mas estou destruído por dentro. Estou tentando me manter inteiro para dar continuidade a todo esse processo”, disse o pai da jovem, em referência ao velório e ao enterro da filha.
O pai desaprovava o relacionamento de Raíssa com uma das adolescentes apreendidas pelo crime. “Não pelo fato de ser minha filha namorando com uma menina. Se fosse uma outra menina, uma pessoa de bem, não teria problema nenhum, mas pelo fato de caráter da pessoa”, relata o pai que preferiu não se identificar.

De acordo com o delegado Álvaro Muniz, as adolescentes apreendidas tem registros de tentativa de homicídio e roubo. “Uma delas já afirmou que respondeu a um ato infracional de tentativa de homicídio. Ela estava na Funase [Fundação de Atendimento Socioeducativo] e conseguiu escapar, estava foragida. A outra, que estava mantendo contato íntimo com a vítima, já foi apreendida pela prática do crime de roubo”, diz.

A mãe da jovem, Gerlane Sotero, precisou de atendimento médico no IML. Ao sair do local, ela precisou usar uma cadeira de rodas. “Eu quero justiça. O que fizeram com a minha filha foi uma crueldade. Ela não merecia isso”, declara.

“Ela já tinha um histórico de vivência na rua, de coisas desagradáveis que a rua ensina. Depois de um tempo, a minha filha percebeu e queria largar essa menina acusada [do crime]. Conheceu um garoto bom, sem envolvimento com coisas erradas e passou a namorar com ele, porém a outra continuava ameaçando. Foi aí onde veio a parte psicopata”, afirma o pai.

Redação

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