Administrador de Noronha responde questionamentos da Comissão de Meio Ambiente sobre PL que proíbe veículos a combustão na Ilha

Foto: Wesley D’Almeida
A Comissão de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Assembleia Legislativa de Pernambuco realizou, nesta segunda-feira, uma reunião extraordinária para debater o Projeto de Lei 306/2019, de autoria do Governo do Estado, que proíbe a entrada e a circulação de veículos a combustão em Fernando de Noronha. O presidente do Conselho Distrital Milton Luna e o administrador do arquipélago Guilherme Rocha esclareceram as dúvidas dos parlamentares.
Participaram os deputados Wanderson Florêncio (PSC), que preside a Comissão, o presidente da Alepe Eriberto Medeiros (PP), Sivaldo Albino (PSB), Tony Gel (MDB), Henrique Queiroz Filho (PR), Alberto Feitosa (SD), Roberta Arraes (PP), Clóvis Paiva (PP), Antônio Moraes (PP), Diogo Moraes (PSB), Isaltino Nascimento (PSB) e Waldemar Borges (PSB), e o ex-secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado Sérgio Xavier.
“Como ambientalista sou a favor da presença dos carros elétricos na ilha desde que sejam realizadas alterações da matriz energética de Fernando de Noronha, que atualmente é a diesel. A discussão é importante para criarmos políticas públicas que levem a sustentabilidade ao arquipélago e ao nosso estado, com todo suporte necessário para essas mudanças”, declarou Wanderson Florêncio.
Alberto Feitosa apresentou dados que não justificariam o PL 306, argumentando que o carro elétrico, poderia custar até três vezes mais que um veículo comum, o que impactaria no dia a dia dos moradores. “A grande maioria dos veículos de lá são usados para o trabalho, é o meio pelo qual o pai de família sustenta sua casa. Fazendo valer este projeto, estaremos obrigando a este cidadão a comprar um carro que custa três vezes a mais do que um carro a combustão, não sabendo se ele vai ou não ter condições de adquirir”, explicou.
Administrador de Fernando de Noronha, Guilherme Rocha disse que nos últimos anos a ilha vem implementando projetos sustentáveis, defendendo que a proibição de entrada e circulação de veículos a combustão no arquipélago diminuirá a emissão de CO² e os moradores de Noronha não sairão no prejuízo, pois apesar do preço do veículo elétrico ser mais caro, haveria economia através do valor do combustível.