O senador Fernando Bezerra Coelho
(MDB-PE) afirmou nesta terça-feira (12) que o governo federal poderá
prorrogar o pagamento do auxílio emergencial a trabalhadores informais e
às parcelas mais vulneráveis da população. A decisão deve ser tomada em
junho. Líder do governo no Senado, ele lembrou que o pagamento das três
parcelas do auxílio emergencial custa R$ 100 bilhões aos cofres
públicos, o que representa o total de recursos investidos no programa
Bolsa Família durante três meses.
“Ainda é cedo para decidir, porque
não sabemos quando vamos restabelecer as atividades produtivas, mas
acredito que algum nível de prorrogação será necessário fazer. Não se
sabe se por um, dois ou três meses, mas é uma decisão a ser tomada em
meados de junho”, explicou o senador durante live em rede social.
Fernando Bezerra Coelho acrescentou
que a Caixa Econômica deve regularizar o pagamento do auxílio
emergencial até o fim de maio, contemplando, no total, cerca de 150
milhões de pessoas. Hoje, mais de 50 milhões já receberam o benefício. “Até
o final de maio, o auxílio estará regularizado, com o pagamento da
primeira e da segunda parcela. Será feito um esforço extraordinário para
essas milhões de famílias brasileiras que precisam desse auxílio neste
momento.”
Já os estados e municípios devem
receber nos próximos dias os recursos do FPE e FPM cujos valores
referentes ao ano passado foram assegurados por medida provisória
editada pelo governo federal. De acordo com o líder Fernando Bezerra
coelho, no total, o governo está repassando R$ 130 bilhões para estados e
municípios fazerem frente à pandemia do coronavírus.
“O auxílio emergencial são R$ 70
bilhões de dinheiro vivo. Na outra ponta, são aproximadamente R$ 60
bilhões na forma de suspensão de pagamento de empréstimos junto à União
ou de financiamentos junto à Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Para
Pernambuco, o governo federal deverá estar transferindo R$ 3,750 bilhões
nos próximos quatro anos, seja para o governo do estado, seja para as
prefeituras. Uma parte para a saúde já entrou. Mas uma outra parte são
recursos de livre aplicação dos estados e municípios para fazer face aos
efeitos da pandemia, como a retração da atividade produtiva que implica
em queda de receita.”
ELEIÇÕES – O senador
também se manifestou contra a prorrogação dos atuais mandatos de
prefeitos e vereadores e o adiamento do calendário eleitoral. “A tese de
prorrogação de mandatos não vinga, não vai ganhar corpo nem na Câmara
dos Deputados, nem no Senado Federal. Estamos avaliando a curva de
contágio, e acredito que, no máximo, haverá um adiamento das eleições
por 30 dias, mas acredito que é possível sim manter o calendário
eleitoral.”
Assessoria de Comunicação