Novos tempos, novos pensamentos. Evoluir e se reinventar, a adaptação do ser em situações de pressão.

Danielle Farias Janguiê
Evolução é uma coisa inerente ao ser vivo, todos estamos em constante evolução, para melhora, adaptação, tanto que há uma frase muito repetida como se fosse de Darwin mas na verdade é de Leon C. Megginson “Não é o mais forte que sobrevive, nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”, e ela é uma verdade (quase) absoluta, quem consegue se adaptar aos momentos de dificuldades e pressão, consegue sobreviver aos maus tempos.
Podemos sair doloridos, mas com certeza diferentes. Numa situação extrema como a pandemia que estamos vivendo, muitos não conseguem suportar o incômodo e as consequências trazidas por ela, isolamento, medo da doença, excesso de cuidado consigo e com os outros, cobranças da sociedade por uma postura mais empática, comportamentos praticamente obrigatórios como o uso da máscara em locais públicos.
Entretanto, outros conseguem (após uma grande “luta” interna) resolver pensar de forma clara (e não querendo ser a Pollyana) e admitir que “o que não tem remédio, remediado está” ou seja, se não posso deixar de fazer isso, é melhor que encontre em mim uma forma de fazê-lo sem encarar como um fardo, porque aí sim minha vida perde o sentido e torna-se um inferno.
Aos que relutam em adaptar-se (entendam que não lutar contra não é conformar-se, mas adaptar-se) lamento, a vida será custosa e chata, além de cansativa. Aos que entenderam que vida é hoje, e o que temos é isso, tentando olhar por outro prisma o cenário completo, vamos juntos. Seguiremos nessa vida nos adaptando e melhorando, entendendo que a vida é um presente e não um fardo. E que como todas as coisas na vida, isso também passa.
Cabe à nós encararmos de forma tranquila como um aborrecimento passageiro que ao final do dia já teremos esquecido ou uma batalha que será assunto por vários dias. Pensando nisso, conversei com uma amiga sobre um problema que tenho que resolver por mim mesma, sem ajuda externa, e apresentei o problema pra ela dando a minha perspectiva: “vou precisar dar três passos pra trás para poder continuar a seguir”. Essa minha querida, a quem tenho muito apreço e é muito bem resolvida, me disse de imediato: “não pense dessa forma.
Você já evoluiu muito pra chegar onde está. Pense que no caminho, seu carro ficou sem combustível e você terá que fazer uma pausa, para poder prosseguir.” Aquele conselho vou levar pra vida. Quando pensamos que precisamos andar pra trás, nosso consciente registra como falha. “eu falhei” ele diz. Quando encaramos como uma pausa (por cansaço, doença, qualquer motivo) ele registra como “pausa” e espera que continuemos a jornada.
Dessa forma, pretendo prosseguir, olhando para o cenário completo, e parando quando necessário, adaptando aos momentos incômodos, mas nunca achando que falhei ou que não conseguiremos ultrapassar. Vamos seguir, a vida toca pra frente, e isso, ah, isso também passa.