Nada enriquece mais que isso

 Nada enriquece mais que isso

É disso que o povo gosta. 

 Poucas chamadas atraem mais a atenção das pessoas como provocações como: “se você tivesse investido dez mil reais em Dezembro de 2015, em ações da Magazine Luiza, teria hoje mais de um milhão e meio”.  

 Este é um dos encantos do mercado de ações. A possibilidade de enriquecer em uma tacada. 

 No entanto, me sinto na obrigação de evidenciar algo relativamente óbvio, porém pouco abordado pelos especialistas de investimentos: 

 Nada pode te enriquecer tanto quanto um negócio próprio que dá certo. 
 

Nem mesmo a Magalu, Arthur? Ela valorizou 15.467% neste determinado período!  

 O ideal seria considerar a valorização para um período maior. A conta é feita de Dez/2015 em diante, porém a empresa abriu capital em 2011. No período completo, a valorização é consideravelmente menor, muito embora seja ainda muito alta (menos de dois mil por cento). Mas tudo bem, vamos seguir.  

 Pergunta de um milhão de dólares – e qual o retorno sobre capital de uma iniciativa empreendedora que dá certo de verdade? Essa conta ninguém faz. 
 

Veja, dentre tantas, destaco uma diferença entre os exemplos. 

 O investidor, por sobrevivência, diversifica seus investimentos (ou pelo menos deveria). Isso significa que, os poucos que acertam na veia ao investir em ações, como o case Magalu, normalmente não têm parcela tão representativa assim do seu capital nestas empresas.  

 E, mesmo que tenham, uma minoria carrega o papel por toda a trajetória de valorização.  

Por quê?  

 Investidor é orientado por lucro e, nestes casos, a valorização parece ser tão grande, que ele(a) se sente pressionado a embolsar os lucros bem antes do fim da “pernada” de valorização. 

 Já o empreendedor tem uma característica diferente.  

A concentração.  

Não dá, sobretudo para quem está no começo, pra tocar vários negócios ao mesmo tempo. Além disso, o empreendedor sabe que um grande negócio pode fazê-lo enriquecer muito. Então, a maioria nem sente essa necessidade. 

 Quando um negócio começa a dar certo, o pensamento do empreendedor é diferente do investidor. Ele começa a apostar mais e mais fichas. Se o negócio se mostra um bom investimento, quer dizer que merece mais aportes.  

 All in! 
 

É aí que o empreendedor parte pra cima, aposta tudo, reinveste, e quando dá certo, como disse no início do texto, voa! 
 

Não existem muitas opções – todo (ou quase todo) o capital está alocado naquela empresa. 

Ou seja, se o negócio dá certo, a multiplicação acontece sobre quase todo o seu capital. Uma pancada patrimonial. 
 
Há mais risco? Sim. 
Mas, por mais que a teoria defenda (com razão) que o retorno deve ser ajustado pelo risco, este é um texto que trata apenas sobre retorno. 
 
O maior investidor da bolsa terá sempre um patrimônio pequeno, comparado ao maior empreendedor da economia real. 
 
Pense nisso. 

 Do ponto de vista do retorno, nada enriquece tanto quanto um negócio próprio que dá certo. 
Nem a Bolsa. 

 Sigo torcendo pelo seu sucesso.  

 Forte Abraço, 

Arthur Lemos 

robsonouropreto

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