Em ato de apoio ao nome de Marília a militância do PT mostra que está unida

O ato deste domingo no Recife em apoio a pré-candidatura de Marília Arraes ao governo do estado, serviu para mostrar que o partido dos trabalhadores em Pernambuco pode chegar às eleições de outubro totalmente rachado. A maioria absoluta dos filiados do PT, inclusive os integrantes de movimentos sociais e as principais lideranças políticas do estado, já se posicionaram em favor da candidatura própria e manifestaram apoio ao nome de Marília Arraes. Contrario a tudo isso está o senador Humberto Costa, que defende abertamente o apoio do partido a reeleição do governador Paulo Câmara. É claro que por traz dessa posição do senador Humberto, está seu projeto pessoal que a reeleição para o senado.
Como já aconteceu em outras oportunidades a direção nacional do PT pode intervir em Pernambuco, nesse caso seria com a alegação de priorizar o retorno de Lula a presidência da república. O que os caciques do partido dos trabalhadores têm que entender, é que sem sua militância o PT é apenas mais uma legenda como tantas outras. Ou seja, Marília Arraes vai ser a diferença dessa eleição sendo ou não candidata a governadora. Se Humberto e o PT nacional impedir a candidatura de Marília, assim como fizeram como a de João da Costa em 2012. A militância petista que sempre fizeram diferença em campanhas eleitorais, pode adotar o mesmo comportamento adotado em 2012 no Recife. Simplesmente não se envolveram na campanha de Humberto e João Paulo, resultado final foi à humilhante derrota de dois nomes considerados como principais lideranças da legenda.
O ato deste domingo em favor da pré-candidatura de Marília Arraes, foi realizado no Clube Internacional do Recife e ficou completamente lotado. O evento começou por volta das 10:00 horas e se estendeu até as 13:00 horas, o numero de participantes estava dentro das expectativas dos organizadores, demonstração clara que o PT de Pernambuco não vai abrir mão do direito de ter candidato próprio. Militantes do PT ou simplesmente simpatizantes da pré-candidatura de Marília, saíram dos mais diferentes municípios de todas as regiões do estado e foram prestigiar o ato. Filiados históricos do PT disseram que se aliar ao PSB é está junto de quem aplicou o golpe, que o partido não teria argumentação para convencer a militância a saírem de casa e ir para as ruas.
Já os defensores da aliança com o PSB usam ao menos duas argumentações, uma delas é o fato da dificuldade financeira para bancar uma campanha eleitoral. Outra é que a vereadora é filiada muito recentemente ao partido, duas argumentações que perdem o sentido quando se analisa a estória do próprio PT. A questão não é financeira uma vez que o partido não abre de ter candidato a presidente, lembrando que uma campanha nacional é infinitamente bem mais cara que uma estadual. A argumentação de recém filiada também cai por terra, uma vez que o nome escolhido por Lula para ser sua sucessora foi o de Dilma que veio dos quadros do PDT.
Edição:Robson Ouro Preto