Seguindo a analogia da diretora do Greenpeace @jennifermorgan em entrevista a CNN

COP26. Todo casamento requer muitas negociações e passagens de altos e baixos, pois é assim a grande satisfação de viver além do individual.
Quando tratamos de mais de 200 países que em 2015 no Acordo de Paris se realizou o noivado, onde se assemelhou a uma Carta de Intenções e hoje chegamos no dia do casamento (#COP26) e de fato deva ser agora o Contrato Oficial, formalizado e visto por milhões de testemunhas. Um contrato que deva ser visto e praticado como o instrumento mais importante da vida do “casal”.
Mas não só de festa e alegria se vive um casamento. Os desafios são enormes, assim como os três eixos previstos da atual conferência: Ambição, Finanças e Regulamentações. Desses três acredito que há mais um e muito importante na vida de um casal: o Comprometimento com seu companheiro ou companheira (nossos bilhões de habitantes). Como já dizia nosso professor e pensador brasileiro Paulo Freire: “É fundamental diminuir a distância entre o que se diz e o que se faz, de tal forma que, num dado momento, a tua fala seja a tua prática.” Sendo assim compromisso não é só falar e sim praticar.
Ter visão de crescimento pela ambição saudável ao traçar metas de redução da temperatura em 1,5°C até 2030 se faz urgente e necessário. Mas deixo a pergunta: Precisa renovar os votos religiosos do casamento logo após 3 anos do casório? Porque não definir tudo agora em frente aos líderes “religiosos”?
Sem dinheiro um casamento não se sustenta, o SPC Brasil identificou em 2019 que a cada 3 casamentos um era desfeito, sendo a falta de dinheiro a segunda maior causa, chamando assim de infidelidade financeira, ou seja, a falta de diálogo e transparência entre os casais (países) sobre seus reais gastos.
E é assim que desde do “noivado” na cidade luz, essa confiança não vem sendo construída, só apenas alimentada pelo amor das promessas dos países mais ricos em ajudar os países em desenvolvimento alcançarem suas metas de redução das emissões. Já agora no “casamento” os ricos noivos novamente prometem as suas noivas que dinheiro não deva faltar para que nossas ambições sejam alcançadas. E elas, as noivas (países mais pobres), se encantam com as promessas, mas de certo irão cobrá-las ou os deuses dos tempos irão intervir com suas mudanças climáticas.
Casar e manter-se casado requer um estabelecimento de regrinhas básicas de boa convivência matrimonial. Esse terceiro eixo da COP26 deve ser bem definido, escrito e reescrito sempre que necessário(com brevidade) quando num relacionamento global, principalmente na retomada da economia, ainda em um momento de menor incidência pandêmica da Covid19, deva ser definido com os países mais ricos cedendo suas emissões de carbono para uma melhor equalização dos países quem também querem crescer.
Quem casa quer uma casa saudável e neste momento ainda é o melhor momento na vida a dois ou na linguagem de uma economia popular pode ser dito como um bom negócio. A manutenção desta casa requer habilidades urgentes, mas como gosto de dizer: antes tarde do que mais tarde.
Que venham bons dissentimentos entre os líderes mundiais nesta COP26, pois os frutos desse casamento que são nossas gerações futuras não venham a sofrer com os traumas causados entres os nossos paí(s)es.
COP26 trabalhará em 3 eixos para produzir muitas ‘pequenas vitórias’
Por: Abraão Rodrigues Lira
Mestre em Tecnologias Ambientais
Engenheiro de Produção e Segurança do Trabalho
Especialista em Gestão Pública
Técnico Químico