Golpe do falso emprego prejudica ao menos 40 pessoas no Grande Recife

Segundo delegado, mulher cobrava R$ 30 e pedia documentos para cadastrar candidatos a vagas de trabalho em suposta empresa de logística no Complexo de Suape.
A Polícia Civil investiga um golpe do falso emprego no Grande Recife que prejudicou pelos menos 40 pessoas. De acordo com o delegado Rômulo Aires, um inquérito foi aberto para apurar a conduta de uma mulher de 38 anos que cobrava R$ 30 e solicitava documentos pessoais para cadastrar candidatos a vagas de trabalho em uma suposta empresa de logística do Complexo Industrial e Portuário de Suape.
Segundo o policial, titular da Delegacia do Espinheiro, na Zona Norte do Recife, a estelionatária que está sendo investigada aliciou uma outra mulher para ajudar a aplicar o golpe em pessoas de baixa renda.
“Ela oferecia empregos de auxiliar administrativo e auxiliar de serviços-gerais e de outros cargos desse nível em uma empresa de Suape, em que estagiou há alguns anos. Essa empresa não tem nehuma relação com o crime”, afirmou Aires.
O delegado disse que a ex-estagiária da empresa de logística começou a agir em maio deste ano. Ela chamou uma moça da região em que morava, na Zona Norte, para captar mais candidatos e ampliar o alcance do golpe.
“Essa mulher foi vítima da estelionatária também. Todas as pessoas lesadas começaram a desconfiar da demora para conseguir o emprego e decidiram registrar a ocorrência na Delegacia do Espinheiro”, comentou o delegado.
“Ela atuava em Águia Fria, Campo Grande, Arruda e Espinheiro. Não tinha folheto nem qualquer documento da empresa que afirmava estar contratando empregados. Era na base do boca a boca mesmo”, comentou.
Aires informou, ainda, que a mulher chegou a fazer uma reunião com 20 vítimas e levou todas para conhecer um suposto escritório, em um edifício empresarial no Centro do Recife.
“Era um fim de semana e estava tudo fechado. Mesmo assim, ela mostrou o local e disse que trabalhava lá. Era para deixar o golpe mais verdadeiro”, declarou o delegado.
O delegado acrescentou que já começou a ouvir as vítimas e pretende finalizar o inquérito o mais rápido possível. “Ela deve ser autuada por estelionato. Mais pessoas que podem ter sido prejudicadas devem ir até a delegacia para a gente colocar na mesma investigação”, completou Aires.
Edição:Robson Ouro Preto