Roberto comemora vitória do Santa, mas lamenta sofrimento no fim do jogo

 Roberto comemora vitória do Santa, mas lamenta sofrimento no fim do jogo

Treinador disse que não pode tapar o sol com a peneira e afirmou que o Santa ficou devendo na segunda etapa contra o Remo: “Eles vieram para o tudo ou nada”

Antes de entrar em campo, na tarde deste domingo, para enfrentar o Remo, o Santa Cruz tinha apenas a terceira pior campanha como mandante da Série C do Campeonato Brasileiro, com 46,7% de aproveitamento (duas vitórias, duas derrotas e um empate). Mas, na base da superação, a equipe coral, mesmo sem mostrar um futebol vistoso, venceu os paraenses por 2 a 0. E sofreu bastante para ter o resultado. Para se ter uma ideia, o Santa só finalizou duas vezes ao gol durante todo o jogo. Justamente quando saíram os gols, marcados por Pipico, no início do primeiro tempo, e Charles, já nos acréscimos da segunda etapa.

– Fez todo mundo sofrer, né? O Santa começou o primeiro tempo adiantando a marcação, buscando o resultado e envolvendo o Remo, que equilibrou depois. No finalzinho, com uma bola com Jaílson, poderíamos ter definido ali. Poderia ter sido nossa jogada mais lúcida – disse o técnico Roberto Fernandes.

Na visão do treinador, o Remo foi melhor na segunda etapa. E até mereceu fazer um gol. Roberto disse que não pode tapar o sol com a peneira e admitiu o adversário superior em grande parte do jogo.

– A palavra imposição já diz tudo. O Remo colocou o Santa lá para trás e faltou força para a gente sair no contra-ataque, algo que não aconteceu contra o ABC (último jogo). O segundo tempo foi deles e eu tenho de admitir, não podemos tapar o sol com a peneira. Antes de começar a Série C, o Remo era um dos candidatos ao acesso e agora está indo para a Série D. A atitude deles foi partir para o tudo ou nada. No segundo tempo, eles vieram para o tudo ou nada. Eles foram merecedores de até fazer um gol e eu tentei dar velocidade para o contra-ataque colocando Augusto, mas não surtiu efeito.

Roberto Fernandes disse que o resultado momentâneo de 1 a 0 foi segurado durante um período porque os jogadores sabiam que, em um contra-ataque bem encaixado, tudo podia mudar.

– O Santa segurou o resultado e a gente sabia que em uma escapada, poderíamos matar o jogo. Mas tivemos um sofrimento que não estava no script. Arthur Rezende tinha cartão amarelo, eu tirei ele e coloquei Jaílson por dentro, mas não surtiu o efeito que eu queria e sofremos uma pressão.

Apesar das ressalvas, o treinador elogiou o time, que agora é o terceiro colocado, com 20 pontos e se firmou no G-4. Só que falou sobre ajustes que precisam ser feitos, como o excesso de individualidade de algumas peças.

– Não conseguimos sair e aconteceu uma coisa que vamos até conversar com o grupo. O Santa abusou da individualidade. Cada um que pegava a bola, queria prender e isso não resolve. O Santa perdia e o Remo retomava a bola. Temos de buscar uma construção de jogada em velocidade, mas com lucidez.

Edição:Robson Ouro Preto

 

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