Alerta Médico: Restrições Alimentares e Falta de Sol Podem Desencadear Raquitismo em Crianças

 Alerta Médico: Restrições Alimentares e Falta de Sol Podem Desencadear Raquitismo em Crianças

Foto: Reprodução/Internet

Na saúde infantil, uma combinação delicada de fatores pode desencadear o raquitismo, uma condição que afeta o desenvolvimento ósseo das crianças. Um Dra. Marise Lazaretti Castro, endocrinologista da Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (ABRASSO), alerta para casos de crianças acamadas por longos períodos e com restrição à exposição solar, bem como aquelas que não consomem laticínios, uma fonte vital de cálcio para o crescimento dos ossos.

Crianças com dietas veganas, intolerância à lactose e alergia à proteína do leite de vaca necessitam de atenção especial. A deficiência de cálcio nestes casos pode levar a sequelas graves, demandando a suplementação desse mineral crucial para o desenvolvimento saudável.

Embora o raquitismo nutricional não seja comum em circunstâncias habituais, é uma realidade em situações específicas como as mencionadas. No entanto, o tipo mais prevalente no Brasil tem raízes genéticas, associado a baixas concentrações de fósforo no sangue, conhecido como raquitismo hipofosfatêmico.

Esta condição desafiadora resulta na mineralização inadequada do tecido ósseo, levando a deformidades e fragilidade. Os sintomas incluem baixa estatura, dores ósseas crônicas, fraqueza muscular significativa e deformidades, sobretudo nas pernas. A detecção muitas vezes ocorre quando a criança inicia a marcha, devido à pressão do corpo sobre as pernas em desenvolvimento.

Outros indícios do raquitismo incluem deformações no crânio e no tórax, formando uma fronte olímpica e um rosário raquítico, além do sulco de Harrison e peito de pombo. As crianças afetadas frequentemente passam por múltiplas intervenções ortopédicas durante a infância devido às complicações e fraturas.

Uma nota positiva surge no tratamento do raquitismo hipofosfatêmico mais comum no Brasil. O burosumabe, um novo medicamento, tem demonstrado segurança e eficácia ao reduzir a perda de fósforo pela urina, abordando a raiz do problema. Já aprovado pela Anvisa e disponibilizado pelo SUS, este avanço promete um tratamento mais eficaz, destacando a importância da identificação precoce dos fatores de risco.

Céu Albuquerque

Jornalista, Escritora, Pesquisadora e Fotógrafa.

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