Brasil Ocupa 2ª Pior Colocação no Ranking Global de Mobilidade Social

Fonte: Pixabay
Em um cenário alarmante de desigualdade, o Brasil conquista a desonrosa posição de segundo pior país no ranking global de mobilidade social. A capacidade dos brasileiros de ascender socialmente está cada vez mais comprometida, com os obstáculos tornando-se mais intransponíveis a cada geração.
A mobilidade social, que se refere à capacidade de um indivíduo de mudar sua posição na hierarquia social ao longo do tempo, divide-se em três grupos: classe baixa, classe média e classe alta. No entanto, o Brasil enfrenta uma realidade desoladora, onde uma família levaria nove gerações para passar da classe baixa à classe média.
Essa estatística é alarmante, pois é o dobro da média mundial, que se situa em 4,5 gerações. Os dados são provenientes de um estudo realizado pela plataforma de cupons de desconto CupomValido.com.br, que se baseia em informações da OCDE sobre mobilidade social.
O Brasil só fica atrás da Colômbia, que precisa de incríveis 11 gerações para sair da classe baixa rumo à classe média. A disparidade revela uma crise profunda em nossa sociedade, onde a mobilidade social é um desafio monumental.
No contexto brasileiro, a hierarquia social é dividida em cinco subgrupos, com base na renda mensal domiciliar:
Classe A: Superior a R$ 22 mil
Classe B: Entre R$ 7,1 mil e R$ 22 mil
Classe C: Entre R$ 2,9 mil e R$ 7,1 mil
Classes D/E: Até R$ 2,9 mil
A realidade é sombria, com apenas 2,8% da população brasileira pertencendo à classe alta (classe A), enquanto as classes B e C representam, respectivamente, 13,2% e 33,3%. Surpreendentemente, mais da metade da população brasileira, ou seja, 50,7%, está na classe baixa (classes D e E), uma estatística que lança uma sombra sobre o futuro do país.
A dificuldade em alcançar a mobilidade social é uma realidade que aflige todas as classes sociais, mas atinge de forma particularmente devastadora a classe baixa. Os filhos oriundos de famílias de baixa renda têm maior probabilidade de frequentar escolas de qualidade inferior, o que limita severamente suas oportunidades no mercado de trabalho. Isso resulta em empregos mal remunerados, com perspectivas limitadas de crescimento salarial, perpetuando, assim, o ciclo de pobreza.
Enquanto o Brasil se destaca em muitos aspectos, a questão da mobilidade social exige atenção imediata, pois afeta não apenas o presente, mas também o futuro das próximas gerações. A desigualdade e a falta de oportunidades são desafios que precisam ser superados para construir um país mais justo e próspero para todos.
Fonte: OCDE, CupomValido.com.br