A eterna busca da auto aceitação!

Foto: @rodrigocavalcantifotografia – @rejuntacomunicacao
Eu particularmente nunca tive uma autoestima elevada. Cresci gordinha, passei pela infância e adolescência com um corpo – diferente – das minhas amigas. Até que aprendi que haviam duas opções: me aceitar como era ou mudar o que me incomodava. Mas aprendi a me amar. E você, se permite ser você mesmo?
Custou muito tempo até eu entender que ser diferente, é normal e que ser normal é monótono demais. Entendi que meu corpo era reflexo de quem eu era e do que eu realizava, no caso até o dia da mudança, nada. O start chegou sim por meio de uma “ajudinha”, porém apenas no momento que eu estive disposta a dar uma reviravolta. Confesso que me REconhecer foi algo incrível, dolorido e por horas conflitante. Eu havia pulado a fase gostosa da adolescência, da paquera, mas havia vivido todo o resto igual. Eu havia pulado a parte das melhores roupas, mas eu havia tido sempre o que eu queria, nem que fosse cortando jeans de gestante, para fazer um short pro show do verão. Sim, eu sempre me aceitei e corri atrás do que me realizava, de fato, essa sempre foi eu.
O amadurecimento me fez entender que os meus problemas não são os maiores do mundo, sempre vai ter alguém com alguém pior. Sejamos conscientes de que se aceitar não significa se gostar, ou que não desejemos mudanças ou melhoras. Aceitar-se significa experimentar a realidade de nós mesmos sem nenhum tipo de negociação ou rejeição, rendendo-nos, portanto, à realidade. Sendo como tem que ser, leve e livre. Começaremos, com o tempo, a nos sentir mais a vontade com nós mesmos e de uma certa forma, a mudar aos poucos, o que ontem era uma grande rejeição.
Aceite-se diante a sociedade. Sempre haverá alguém com mais ou menos condições do que você, conquistas, namorado perfeito e uma vida perfeita na rede social. Mas existe vida perfeita? Será?
“Aceitar-se como ser humano cheio de limites e fraquezas é acima de tudo, sinal de equilíbrio, paz consigo mesmo e felicidade.” Padre Fábio de Melo
Lembre-se sempre: Homem tem medo de mulher independente! Pior ainda: Homem tem medo de mulher que BOMBA, afinal é bem mais fácil namorar a Sandy que enfrentar uma mulher imponderada.
Não podemos morrer porque temos estrias, celulites, flacidez, mas sim curtir a vida com a nova oportunidade de viver livre, linda e feliz que ela lhe dá! Recebo muitas mensagens de pessoas que vivem enjauladas, escondidas ou até reprimidas pelos seus parceiros ou família e eu não entendo o que falta para soltar um – FOD@-SE – bem grande, soltar o cabelo ou até cortá-lo como sempre sonhou, sem medo e sem apegos, ir, acreditar em si. Sim, é isso que temos que fazer sempre que algo ou alguém, resolve nos passar a perna. Não sei se é de fato o certo, mas comigo tem funcionado. A vida não é um mar de rosas, eu vivo em constantes mudanças, aceitando-me sem me importar com o que os outros vão pensar, afinal como a frase clichê diz, eles são apenas os outros. Pinto o cabelo de rosa, corto um lado maior que o outro, uso maquiagem, saiu de cara lavada, salto 15 ou sapato masculino e isso não me torna mais ou menos mulher que ninguém. Eu seu dos meus desejos, dos meus sonhos e gostos. Respeito todo e qualquer ser humano e suas decisões, sendo até julgada disso ou daquilo, mas estou nem aí. Tenho opinião formada, família sempre a postos para ser o meu porto seguro, sorriso estampado no rosto e por ventura uma ou outra lágrima que escorre enquanto dirijo e penso na vida sozinha. Sou normal, mas eu me aceito assim, sendo imperfeita para uns e MARAVILHOSA PARA MIM! <3
Te levanta mulher, sacode essa poeira, passa aquele batom vermelho, sobe no salto e mostra para que tu veio, no caso, ARRASAR!