Meu nome é Flávio Henrique de Souza Rodrigues, tenho 38 anos, sou advogado militante na área de Direito da pessoa com deficiência e pai de uma linda menina autista.
Receber a notícia de que seu filho é deficiente não é fácil, nos demanda um luto pelo qual todos os pais passam ao saber do diagnóstico e o fato de ser advogado transformou a minha vida de maneira muito positiva.
Posso dizer com propriedade que ao ser informado do diagnóstico de minha filha fiquei surpreso e atordoado. Inicialmente me debrucei nos livros para entender o que é o Autismo e saber quais os tratamentos que existem.
Confesso que o mais difícil foi saber qual a direção a tomar, pois o diagnóstico de Autismo mexe profundamente nas relações pessoais e familiares. Você pensa um milhão de coisas, se seu filho irá se desenvolver, como será o futuro dele, será que ele vai ter a sua própria família?
Bem, o mais importante de tudo é entender que:
“tudo o que você deixar de fazer por seu filho Autista, vai interferir diretamente no futuro dele, portanto, este é o momento de mudar seus valores, conceitos e preconceitos”.
É importante o leitor entender que o conhecimento aprofundado sobre Transtorno do Espectro Autista, seus graus, métodos de tratamento, clínicas especializadas e medicamentos utilizados, é indispensável ao avanço do tratamento do seu filho, isto porque o tratamento em consultório é a parte menor de um todo, ou seja, o seu conhecimento e sua influencia sobre o tratamento do seu filho é o que fará toda a diferença para o futuro dele.
O estudo da aplicação das Leis por sua vez, é uma etapa importante e deve ser gerenciada com cuidado, pois o judiciário brasileiro possui uma infinidade de entendimentos controvertidos sobre a matéria (Autismo).
Posso afirmar com propriedade que o mais difícil é fazer um Magistrado entender a necessidade de uma criança Autista, pois as necessidades dela se misturam, o que dificulta muito a aplicação da Lei ao caso concreto.
No decorrer dos artigos irei explicar o que você deve fazer para ter sucesso em uma ação judicial; quais planos de saúde possuem respaldo para realização do tratamento ideal de uma criança com autismo; o que é o tratamento ideal no entendimento da maioria dos magistrados; como utilizar corretamente o pedido de reembolso de valores aos planos de saúde; falarei sobre a problemática da quantidade máxima de sessões terapêuticas impostas pelos planos de saúde; as diferenças existentes entre os tratamentos realizados em rede própria do plano de saúde e em rede particular; quais as especializações e diplomações necessárias para um terapeuta aplicar métodos de tratamento como ABA, HANEN, PECS e INTEGRAÇÃO SENSORIAL; falarei sobre a inserção da pessoa com deficiência em escolas de ensino regular e o papel da ANS (agência nacional de saúde) em tudo isto.
Debateremos muito sobre autismo neste quadro, trocaremos experiências e tiraremos dúvidas, para isto basta me enviar um e-mail no [email protected]
Flávio Rodrigues