Alerta em São Paulo: Hepatite A Registra Aumento de 55%, Saiba Como Prevenir

 Alerta em São Paulo: Hepatite A Registra Aumento de 55%, Saiba Como Prevenir

Foto: Reprodução/Internet

Um alerta importante surge na cidade de São Paulo com o aumento significativo dos casos de hepatite A neste ano. De acordo com o boletim do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs SP), foram notificados 225 casos em 2023, em comparação com 145 em 2022, resultando em um aumento alarmante de 55%.

A hepatite A é uma doença que causa inflamação aguda do fígado e, embora a maioria dos casos apresente uma evolução positiva e espontânea, alguns pacientes podem desenvolver quadros fulminantes, nos quais o fígado para de funcionar. O fígado desempenha funções essenciais para o organismo, como filtrar substâncias tóxicas e microrganismos prejudiciais, tornando a hepatite A uma condição de saúde séria.

O especialista Fernando de Oliveira, infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi, destaca que um dos desafios relacionados à hepatite A é a fase assintomática da doença. Após a infecção, um paciente pode levar até 30 dias para apresentar os primeiros sintomas ou pode ser assintomático, mas ainda assim transmitir a doença desde o primeiro dia. “Geralmente, os sintomas são o sinal de alerta. Na ausência deles, a pessoa continua sua rotina normalmente, transmitindo a doença sem saber, já que não adota medidas de prevenção”, destaca o Dr. Fernando.

As principais formas de transmissão da hepatite A incluem o consumo de água e alimentos contaminados, más condições de higiene e saneamento básico, contato pessoal próximo com uma pessoa infectada e práticas sexuais com contato oral-anal entre pessoas infectadas.

Os sintomas da hepatite A incluem febre, fraqueza, perda de apetite, dor abdominal, vômito e diarreia, além de clareamento das fezes, olhos amarelos (icterícia) e alteração na cor da urina (escura).

A prevenção da hepatite A envolve práticas de higiene, como lavar as mãos frequentemente, higienizar louças e alimentos corretamente, evitar contato com água contaminada (como enchentes e esgoto) e não compartilhar itens pessoais. O uso de preservativos e a higienização da genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais também são medidas recomendadas de prevenção.

A vacinação é uma importante aliada na prevenção da hepatite A e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI). A dose única integra o esquema vacinal primário para crianças a partir de 15 meses e menores de cinco anos. Para pessoas fora dessa faixa etária, mas que apresentam fatores de risco, como doenças crônicas do fígado ou imunológicas, a vacina também está disponível em locais especiais na cidade de São Paulo.

Com o aumento dos casos de hepatite A na cidade, a conscientização e a adoção de medidas preventivas tornam-se cruciais para conter a disseminação da doença e proteger a saúde pública.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

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