Arquiteta assassinada em Olinda prestou queixa sobre furto na véspera da morte, diz polícia

Maria Alice Soares do Anjos, conhecida como Baixinha, tinha 74 anos (Foto: Reprodução/Arquivo de família)
Boletim de ocorrência feito na segunda (12) continha denúncia sobre furtos de cervejas e carnes. Arquiteta também alegou que crimes eram frequentes.
A Polícia Civil identificou identificou um Boletim de Ocorrência feito pela arquiteta Maria Alice Soares dos Anjos, de 74 anos, encontrada morta em casa, em Olinda, para reportar um furto em sua residência . Nesta quinta (15), a delegada responsável pelo caso, Andréa Gris, afirmou que a queixa foi prestada na segunda (12), véspera do dia em que foi assassinada.
De acordo com o registro da Polícia Civil, Maria Alice, co-fundadora do bloco carnavalesco Eu Acho é Pouco, prestou queixa de um furto de cervejas e carnes, que teriam sido subtraídos de sua casa no domingo (11). Na ocorrência, a vítima também explica que os furtos estariam sendo frequentes.
Para colaborar nas investigações, a polícia iniciou a intimação de empregados, ex-empregados e vizinhos da vítima. A delegada também pediu urgência na divulgação dos resultados das perícias feitas pelo Instituto de Criminalística na casa de Maria Alice, localizada na Rua Treze de Maio.
A Polícia Civil também solicitou as imagens de mais uma câmera de segurança no Sítio Histórico de Olinda, atrás da residência da vítima, para análise. A responsável pelas investigações também descartou a hipótese de a vítima ter sofrido um acidente e trabalha, atualmente, com a possibilidade de latrocínio, ou seja, roubo seguido de morte.
Entenda o caso
Maria Alice foi encontrada morta no quintal de casa, com ferimentos na cabeça e nos joelhos. Ao lado do corpo, estavam pedras e um jarro de plantas, que possivelmente foram utilizados para cometer o homicídio.
Segundo a Polícia Civil, alguns cômodos da casa estavam revirados. Familiares da vítima, no entanto, sentiram falta de poucos pertences de Maria Alice, como uma bolsa e dois celulares.
Devido à ausência de sinais de arma de fogo no corpo da vítima e da falta de indícios de arrombamento na casa em que ela morava, o delegado Ricardo Silveira, inicialmente a cargo da investigação, apontou, na quarta (14), que o assassinato pode ter sido cometido por pessoas que não estão habituadas a praticar crimes desse tipo.
O corpo da arquiteta chegou às 14h da quarta (14) em uma funerária situada ao lado do Cemitério de Santo Amaro, na área central do Recife. Parentes e amigos estiveram na despedida, além de integrantes do Eu Acho É Pouco vestidos com camisas do dragão, símbolo do bloco que Maria Alice ajudou a fundar.
Depois do velório, o corpo da arquiteta seguiu para Maceió (AL), onde vive a maior parte da família dela, para ser enterrado nesta quinta (15).
Edição:Robson Ouro Preto