No âmbito de uma parceria estratégica para impulsionar o desenvolvimento econômico e social em Pernambuco, o Banco do Nordeste (BNB) e a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) definiram a alocação de R$ 4,6 bilhões do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) para o estado em 2024. O montante, que representa o mínimo a ser destinado pelo BNB, foi decidido em um evento que reuniu representantes de diversos setores produtivos e instituições parceiras nas esferas estadual e federal, na sede da Sudene, em Recife (PE), em 11 de outubro de 2023.

A proposta orçamentária para alocar os recursos do FNE em Pernambuco no próximo ano tem como objetivo direcionar os financiamentos do BNB por setores da economia. Como explicou o superintendente estadual do Banco, Pedro Ermírio Freitas, a ideia é modernizar continuamente essa política pública para atender de maneira eficaz às demandas da sociedade. A construção coletiva dessa programação envolveu representantes dos setores produtivos, que identificaram projetos importantes e principais demandas para promover o desenvolvimento do estado.

De acordo com a programação orçamentária, o setor de infraestrutura receberá a maior parcela dos recursos, totalizando cerca de R$ 1,1 bilhão. Em seguida, a pecuária contará com R$ 920,9 milhões, o comércio e serviços com R$ 836,7 milhões, a agricultura com R$ 738,2 milhões, a indústria com R$ 715,6 milhões, o turismo com R$ 102,9 milhões, a agroindústria com R$ 91,9 milhões e a pessoa física com R$ 27,9 milhões.

Em sua apresentação, Pedro Ermírio destacou que, somente no ano anterior, o BNB investiu mais de R$ 3,48 bilhões de recursos do FNE em Pernambuco. Ele expressou o compromisso de superar esse montante em 2023 e aplicar o máximo de recursos possíveis no estado em 2024. Ressaltou ainda o orgulho em contribuir para uma série de iniciativas, desde obras de saneamento até a transformação da matriz energética do país, apontando o FNE como um propulsor fundamental da dinâmica econômica regional.

O evento reuniu representantes do setor público, diversas entidades de classe, empresários e organizações sociais, todos contribuindo para a definição da alocação dos recursos do Fundo Constitucional em Pernambuco. O superintendente da Sudene, Danilo Cabral, enfatizou a importância desse processo de escuta para alinhar as demandas dos setores produtivos com as ações do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O objetivo é ampliar o acesso aos recursos do FNE, atendendo às orientações do presidente Lula e do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, com foco especial no Semiárido e em quem mais precisa de atenção.

Essa parceria estratégica entre o BNB e a Sudene representa um importante passo para fortalecer o desenvolvimento econômico e social de Pernambuco, com recursos direcionados para setores-chave que impulsionarão o estado rumo a um futuro mais próspero e sustentável.

FNE
O FNE, criado em 1988 pela Constituição da República Federativa do Brasil, é a principal fonte de recursos do BNB. As políticas de aplicação do FNE são definidas pelo Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) e pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene).

Estes órgãos e o BNB coordenam, todos os anos, o processo de elaboração da Programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste, entendida como um instrumento de planejamento que apresenta à sociedade nordestina as expectativas de financiamento com recursos do FNE aos setores produtivos na Região e em cada um dos estados de sua área de atuação.