Blindagem no Sport precisa ser acompanhada por atitudes da diretoria

Jogadores não participaram da entrevista coletiva na quarta e quinta-feira (Foto: Willams Aguiar/Sport Club do Recife)
Diante do momento de crise vivido dentro e fora de campo, o Sport resolveu blindar o técnico Claudinei Oliveira e os jogadores nesta semana. Começou após a derrota para o Flamengo, quando o executivo de futebol Klauss Câmara foi para a coletiva no lugar do comandante leonino. E se estendeu nesta semana com – até agora – dois treinos fechados e sem entrevistas.
Não há confirmação de quem teve esta ideia, mas foi dito pelo próprio Claudinei Oliveira que ele não gostava de treinos fechados. É assim desde o início da sua carreira, em 2013. Portanto, pressupõe-se de que partiu da diretoria a blindagem na tentativa de ter uma semana mais tranquila de trabalho.
Gesto completamente compreensível num cenário de questionamentos que atinge a todos no clube. No entanto, os problemas no Leão só serão resolvidos com atitudes efetivas da diretoria rubro-negra e que envolvem dinheiro.
O Sport precisa, o quanto antes, regularizar os salários dos funcionários e atletas, reforçar (de verdade) o elenco e definir a situação de Everton Felipe. Não dá mais para perder tempo sem saber se o camisa 97 será vendido ou não. Porque o Sport, hoje, nem tem o valor da transferência e nem pode escalar o atleta que já tem seis jogos na Série A podendo ficar impedido de atuar por outra equipe.
Se nada disso for resolvido, a blindagem apenas esconderá os problemas e adiará as soluções. Que ao menos este período dê a tranquilidade necessária nos treinamentos para o Leão voltar a vencer na Série A. Dando, assim, o primeiro passo para sair da crise.
Edição: Edu Mello