Câncer de pâncreas: novos tratamentos oferecem segurança e precisão no tratamento

O câncer de pâncreas, apesar de ser um tipo de tumor com baixa incidência na população brasileira, pode ser um dos mais agressivos e mais difíceis de serem tratados, por conta do seu comportamento desfavorável. Além disso, na maioria das vezes o seu diagnóstico acaba acontecendo de forma tardia, sendo esse o fator determinante para a doença que representa 4% das mortes no Brasil, mesmo representando apenas 2% dos casos por ano.
“A estatística mostra que este é um câncer agressivo e difícil de ser detectado em estágio inicial, o que pode levar a um tratamento um pouco mais complexo. Por isso, o acompanhamento médico frequente pode salvar vidas, ao permitir a detecção precoce da doença”, afirma o Dr. Rodrigo Surjan, cirurgião do Centro de Gastroenterologia do Hospital 9 de Julho, que irá enumerar mais algumas opções terapêuticas.
Entre os sintomas apresentados pela doença estão fraqueza, perda de peso, falta de apetite, dor abdominal, urina escura, olhos e pele de cor amarela, náuseas e dores nas costas. Mas, a maior parte deles também pode ser sintoma de outras doenças, o que acaba colaborando para a demora no diagnóstico. A diabetes, por exemplo, pode ser tanto um fator de risco quanto um sintoma do câncer de pâncreas. Por isso, quando ela surge em adultos, é importante buscar ajuda médica para fazer os exames como ultrassonografia (convencional ou endoscópica), tomografia computadorizada, ressonância magnética e/ou exame de sangue, incluindo a dosagem do marcador tumoral Ca 19-9.
Uma das formas mais avançadas de tratamento contra tumores no pâncreas hoje é a cirurgia robótica. A técnica oferece mais segurança ao paciente, ao proporcionar maior precisão para o médico, que opera de um console. Além disso, o campo cirúrgico é visualizado em alta definição e em três dimensões preservando melhor órgãos e estruturas delicadas. “A robótica eliminou muitas das limitações técnicas antes resultantes da outra forma de cirurgia minimamente invasiva, a laparoscopia”, explica o médico. O Dr. Surjan também ressalta que o pós operatório tem menor risco de infecção, dor e sangramento, além de reduzir o tempo de internação hospitalar.
Os tratamentos pós-cirúrgicos também têm avançado. Um exemplo é a quimioterapia adjuvante, feita após a cirurgia de retirada do tumor para destruir as possíveis células cancerígenas remanescentes, o que possibilita melhora de sobrevida aos pacientes. “Ao utilizarmos uma combinação de tratamentos, conseguimos ter resultados de longo prazo melhores, com taxa de recidiva menor”, acrescenta o Dr. Surjan.
Outra forma promissora de tratamento que está em ampla investigação são as terapias-alvo que, diferentemente da quimioterapia, reúnem um grupo de medicamentos que atacam alvos específicos das células tumorais, como receptores celulares. “São medicamentos que bloqueiam a reprodução do tumor ao se ligar a estruturas (alvos) específicos das células tumorais, bloqueando sua multiplicação”, explica.
Apesar de os avanços na medicina serem constantes, o primeiro passo a ser tomado é ter hábitos que não contribuam para o surgimento da doença, como não fumar, manter uma rotina de exercícios físicos, controlar o peso para evitar a obesidade e fazer acompanhamento médico regularmente.
Sobre o Hospital 9 de Julho
Fundado em 1955, em São Paulo, o Hospital 9 de Julho é referência em medicina de alta complexidade com destaque para as áreas de Neurologia, Oncologia, Onco-hematologia, Gastroenterologia, Urologia, Trauma e Ortopedia. Com cerca de 2,5 mil colaboradores e 5 mil médicos cadastrados, o hospital possui 470 leitos, sendo 110 leitos nas Unidades de Terapia Intensiva, Centro Cirúrgico com capacidade para até 22 cirurgias simultâneas, inclusive com duas salas híbridas (com equipamento de Hemodinâmica e Ressonância Magnética) e três para robótica, incluindo a Sala Inteligente, que permite a realização de cirurgias em sequência.
Além disso, oferece atendimento ambulatorial no Centro de Medicina Especializada com mais de 50 especialidades e 12 Centros de Referência: Centro de Dor e Neurocirurgia Funcional; Rim e Diabetes; Cálculo Renal; Cardiologia; Oncologia; Gastroenterologia; Controle de Peso, Infusão, Medicina do Exercício e do Esporte; Clínica da Mulher; Longevidade, Doenças Inflamatórias Intestinais (CDII) e Trauma.
O Hospital 9 de Julho pertence à Rede Ímpar que possui 7 hospitais nos estados de São Paulo (Hospital Santa Paula e H9J), Rio de Janeiro (Hospital São Lucas Copacabana e Complexo Hospitalar de Niterói – CHN) e Distrito Federal (Hospital Brasília, Maternidade Brasília e Hospital Águas Claras) e que se uniu à DASA, líder em medicina diagnóstica no Brasil e GSC Integradora de Saúde. A instituição possui certificação internacional de qualidade, conferida pela maior acreditadora de qualidade do mundo, a Joint Commission International – JCI, desde 2012. Sua unidade de Transplante de Medula Óssea, atualmente, é a única no mundo com a linha de cuidado certificada pela JCI.