A operação é feita em conjunto, pelo Programa de Orientação e Proteção ao Consumidor Pernambuco (Procon-PE), as Polícias Civil e Militar, o Corpo de Bombeiros de Pernambuco, a Companhia Energética de Pernambuco (Celpe) e empresas de telefonia.

Segundo o diretor do Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), Newson Mota, os fios e cabos roubados chegam até os ferros velhos e casas de reciclagem através de pequenos traficantes e assaltantes, e de lá seguem para os grandes receptadores.

De acordo com Mota, as informações colhidas nessas fiscalizações ajudam também a identificar esses consumidores finais, que serão alvo da segunda etapa da operação.

“Todas as operações nós estamos cadastrando e relacionando os proprietários de sucatas e de casas de reciclagem, e estamos verificando para onde são levados e quem é o consumidor final desse produto, os grandes receptadores. Essa informação para nós vai gerar um outro procedimento com relação a essa prática”, explica.

Os cinco detidos vão responder por receptação dolosa qualificada. Segundo o delegado do Varadouro, Vinícius Oliveira, se condenados pelo crime, os três homens e as duas mulheres autuadas podem pegar até oito anos de prisão.

Na terça-feira (17), outros cinco pessoas foram detidos na primeira operação deste tipo, nos bairros de Afogados, na Zona Norte do Recife, e de São José, na Centro.

“Quando se corta essa rede, você cria um prejuízo gravíssimo. É um crime difuso contra a população. São milhares de consumidores, que são privados de telefonia, internet e as vezes os estabelecimentos comerciais e hospitais já sofreram com isso”, destaca o secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico.

Ainda de acordo com o secretário, essa ação de fiscalização vai se tornar permanente para garantir a prevenção desse tipo de crime. “Tolerância zero”, afirma.