Cinema São Luiz celebra resistência cultural com curta sobre a Raio de Sol e mostra de filmes que exaltam ancestralidade e afetos Fim de semana propõe imersão sensível em expressões populares com obras pernambucanas, produções premiadas e homenagem à quadrilha junina Patrimônio Vivo de Pernambuco.
Fim de semana propõe imersão sensível em expressões populares com obras pernambucanas, produções premiadas e homenagem à quadrilha junina Patrimônio Vivo de Pernambuco.

Foto: Luiz Felipe Bessa
Com uma curadoria que entrelaça arte, tradição e ancestralidade, o Cinema São Luiz transforma sua sala histórica em um território de escuta, encontro e celebração das culturas populares neste fim de semana. A estreia do mini documentário “Um Arraiá de Sol”, que conta a história da Quadrilha Junina Raio de Sol, Patrimônio Vivo de Pernambuco, dá o tom de uma programação marcada por afeto e potência coletiva. Este fim de semana (5 e 6 de julho) propõe um mergulho sensível em diferentes formas de existir e resistir, da batida do pagode e do passinho à musicalidade de surdos, dos afetos anônimos de motéis brasileiros à poética do cinema mudo de Chaplin. Um convite para ver e ouvir com o corpo inteiro.
No sábado (5), o curta “Um Arraiá de Sol”, mini documentário realizado pela equipe de comunicação da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-PE) e da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), integra uma sessão especial de curtas musicais pernambucanos que exaltam expressões populares e corpos em movimento, sendo exibidos também “Sua Majestade, o Passinho”, “O Som da Pele” e “Pagode do Didi, nosso ponto de encontro”. Ainda no sábado, o público poderá conferir títulos premiados como “IMO” e “O Silêncio das Ostras”. Já no domingo (6), a programação se inicia com o longa infantojuvenil de aventura e consciência ambiental “Thiago & Ísis e os Biomas do Brasil”. Em seguida, o público adulto poderá contemplar as obras “Criaturas da Mente”, o clássico de Charles Chaplin em cópia restaurada “Em Busca do Ouro” e “Eros”.
Confira a programação detalhada abaixo:
SÁBADO (05/07)
14h — Sessão Curtas Musicais (Livre | Entrada gratuita)
Quatro documentários curtos lançam luz sobre expressões culturais que movem corpos e comunidades.
Um Arraiá de Sol (Produção da Secretaria de Cultura de Pernambuco, 15’ | Livre)
Mini documentário em estreia que homenageia a Quadrilha Junina Raio de Sol, Patrimônio Vivo de Pernambuco, destacando sua força comunitária e sua trajetória no cenário cultural pernambucano.
Sua Majestade, o Passinho (Diretora Carol Correia e Mannu Costa, 22’ | 14 anos)
A dança como reinvenção: jovens periféricos do Recife ocupam o mundo com seus corpos e ritmos.
O Som da Pele (Diretor Marcos Santos, 22’ | Livre)
A história de Mestre Batman e o grupo “Os Batuqueiros do Silêncio”, que integra surdos à música.
Pagode do Didi, nosso ponto de encontro (Diretor Maysa Carolino, 24’ | Livre)
A roda de pagode mais tradicional do Recife, interditada em 2024, ressurge no documentário como símbolo de resistência cultural.
16h30 — IMO (Diretora Bruna Schelb Corrêa | 70’ | 16 anos)
Três mulheres revisitam lembranças traumáticas em um cinema experimental de memórias, em que corpo, tempo e linguagem se diluem.
18h — O Silêncio das Ostras (Diretor Marcos Pimentel | 127’ | 12 anos)
Longa de ficção premiado que acompanha a vida de Kaylane, menina que resiste sozinha ao colapso de uma vila mineradora. Uma fábula sobre perdas, lama e sobrevivência.
DOMINGO (06/07)
11h — Thiago & Ísis e os Biomas do Brasil (Diretor João Amorim | 90’ | Livre)
Em uma aventura entre o Cerrado, Pantanal e Mata Atlântica, dois irmãos ajudam animais ameaçados e conhecem a diversidade da fauna e flora do Brasil. Híbrido de documentário e ficção voltado para o público infantojuvenil.
15h — Criaturas da Mente (Diretor Marcelo Gomes | 84’ | 12 anos)
O neurocientista Sidarta Ribeiro nos convida a sonhar como revolução. Um documentário que une ciência, ancestralidade e delírio — e propõe resgatar os sonhos como potência transformadora.
16h30 — Em Busca do Ouro (Diretor Charles Chaplin | 96’ | Livre)
Clássico do cinema mudo em que Carlitos tenta a sorte como garimpeiro no Alasca. Sessão imperdível com Chaplin em sua forma mais cômica e poética.
18h30 — Eros (Diretor Rachel Daisy Ellis | 108’ | 18 anos)
O amor, o sexo e o silêncio dos quartos de motel no Brasil são retratados neste documentário íntimo e provocador, montado a partir de autorregistros de casais. Estreia do primeiro longa da diretora Rachel Daisy Ellis.
SERVIÇO
Ingressos: à venda fisicamente no Cinema São Luiz e os bilhetes antecipados também podem ser adquiridos em link na bio do perfil oficial do cinema no Instagram (@cinemasaoluizpe)
Valores: R$5 (meia) e R$10 (inteira)
*Sessões de curtas às 14h do sábado são gratuitas
Classificações indicativas variam por sessão
Endereço: Cinema São Luiz (Rua da Aurora, 175 – Boa Vista, Recife – PE)