Cada vez mais, aumenta o número de pessoas que precisam de óculos de grau para enxergar, seja por miopia, astigmatismo, hipermetropia ou presbiopia. Segundo a Organização Mundial da Saúde, 59 milhões de brasileiros já sofrem de miopia. E a tendência é que esse total não pare de crescer, já que a OMS prevê que metade da população mundial será míope até 2050.

Felizmente, a correção para erros refracionais, como são chamados esses problemas, é a mesma. É a cirurgia refrativa, que pode dispensar o uso dos óculos de grau. “A cirurgia refrativa pode ser recomendada para todo paciente que tenha algum erro refracional e deseje se tornar independente dos óculos”, afirma a oftalmologista Elisa Martins, do Hospital de Olhos Santa Luzia, que integra a rede Vision One.

Entretanto, nem todos podem realizar o procedimento. É o que alerta a oftalmologista. “Para fazer a cirurgia refrativa é preciso se encaixar em alguns parâmetros, como ter o grau já estabilizado e ser maior de 21 anos. Também é necessário realizar exames que avaliam se a córnea do paciente é saudável e se suporta o impacto da cirurgia. Cada caso é um caso, é tudo muito individualizado”, explica a oftalmologista do Hospital de Olhos Santa Luzia.

A cirurgia refrativa demanda pouquíssimo tempo e é um procedimento bastante seguro. O passo a passo do procedimento depende exclusivamente da técnica escolhida pelo oftalmologista, considerando as necessidades de cada paciente. As técnicas mais comuns a laser são PRK, LASIK e SMILE. Todas elas apresentam alto grau de eficácia.

Sobre a possibilidade de o grau voltar depois da cirurgia, a oftalmologista Elisa Martins aponta que é possível, mas pouquíssimo provável que retorne no mesmo nível de antes. “Muitos pacientes perguntam sobre isso. Mas dificilmente o paciente volta a ter necessidade de usar óculos depois dessa cirurgia. E, no caso de alguma recidiva do grau, o retoque cirúrgico sempre pode ser avaliado como uma possibilidade”, argumenta a especialista do Hospital de Olhos Santa Luzia.

“Não considero isso um ponto negativo que chegue a contraindicar a cirurgia. Quem usou óculos a vida toda e passou por todas as limitações que eles trazem, sabe do que estou falando. A cirurgia não mexe apenas com a nossa estética, mas com nossa autoestima”, finaliza a oftalmologista Elisa Martins.