Está evidenciado que a polarização nacional entre o ex-presidente Lula (PT) e o atual presidente Jair Bolsonaro (PL) tem beneficiado os pré-candidatos ao governo do Estado Danilo Cabral do PSB (apoiado por Lula), Marília Arraes do Solidariedade (apoiadora de Lula) e Anderson Ferreira do PL (defensor de Bolsonaro). O alinhamento a nível nacional mostra de que lado os candidatos estão e a população por sua vez, têm apontado que quem não definir sua postura e exibir de que ala partidária pertence, vai deixá-lo no esquecimento.

É inegável que anos após anos, o povo tem estudado a postura dos políticos, como eles se comportam dentro e fora do seu estado e reduto eleitoral, observa o alinhamento no cenário nacional e faz análise de cada um antes de sacramentar o voto. É valoroso que os candidatos entendam que os ideais da população têm mudado e vão continuar mudando ao longo do tempo. É a postura do político que está direcionando o indivíduo a escolher o seu futuro representante.

Ao identificar esse novo panorama político, os pré-candidatos ao governo do Estado Anderson Ferreira, Marília Arraes e Danilo Cabral não demoraram a tomar decisão, trataram logo de mostrar com quem vão caminhar, pelo menos, até as eleições de outubro. Danilo e Marília estão seguros com o ex-presidente Lula, já Anderson pegou firme nas mãos do presidente Bolsonaro e segue firme e forte com ele até o dia da eleição. É bem verdade que essas alianças também fortalecem os presidenciáveis, pois além de estarem mais próximos do povo, os postulantes ao Palácio da Alvorada, ganham espaços e palanques para expor suas propostas e ideias no estado.

Porém, com o andar da carruagem, a tendência é que a dupla Miguel Coelho (UB) e Raquel Lyra (PSDB) pré-candidatos ao governo do Estado vão amargar prejuízos nas urnas, pois ao não ter identidade nacional, o povo não consegue enxergar qual caminho eles pretendem seguir, o que de fato defendem e nem percebe suas visões para o futuro, algo que é de fundamental importância para o administrador público, além de não terem aquela força a mais para ganhar adeptos, apoios e consequentemente, votos.