Com o tempo, acabei lendo inúmeras teses de investimentos.

Casas de research, bancos de investimentos e gestoras.

Há uma característica em comum a quase todas: são extensas.

Fazem assim para não perderem o costume– parecer complicado gera autoridade e, de quebra, ainda “soa sedutor”. Ao menos, é este o ponto de vista de boa parte do Mercado financeiro brasileiro.

Mas, claro, entendo que faz parte. Na maioria das vezes é necessário ser extenso para defender seu

ponto de vista em relação ao que deve acontecer no mundo dos investimentos.

Todavia, quero propor algo diferente, fiel ao estilo transparente e “direto ao ponto” como fazemos aqui.

Em poucas linhas, você irá entender porque o momento que vivemos pode ser uma das maiores chances

que você  tem para experimentar um salto relevante no seu patrimônio, seja ele qual for.

Economia certa, hora certa

Estou me deparando com muitos investidores incomodados com retornos médios de carteira que “apenas superam o CDI”. As pessoas ainda não acordaram para o novo Brasil. Ainda estamos mal acostumados com os tempos onde o investidor recebia 1% ao mês, sem muita preocupação, sem envolvimento e sem risco.

Neste cenário, era realmente difícil convencer alguém de trocar este atrativo retorno “garantido” por investimentos em renda variável.

No entanto, os tempos são outros. Estamos tendo a honra de presenciar a menor taxa básica de juros da história brasileira. Por alguns motivos, podemos crer que esta será ainda menor no futuro próximo.

Isto é mais que um convite, é um verdadeiro empurrão na direção da Renda Variável.

Algo que sempre aconteceu nas economias mais desenvolvidas do mundo e que pode finalmente acontecer,

a partir deste momento, no Brasil.

Veja que interessante: na semana retrasada em Belo Horizonte, fui reconhecido por um motorista de

aplicativo que estava comprado em Banco do Brasil e B3. Era um investidor na Bolsa de Valores.

O que poucas pessoas perceberam é que a cena está posta para popularizar o mundo das finanças e dos investimentos para o Brasileiro.

Algumas variáveis conjunturais que reforçam o otimismo:

Juro baixo no mundo, tendendo a zero. Em poucas palavras, este é um convite para que investidores institucionais direcionem parte do seu capital para países emergentes. Brasil surge como ótima opção;

1. Com mais fluxo de capital estrangeiro, nossa bolsa pode decolar rápido. A alocação dos gringos ainda é muito pequena no Brasil – muito menor do que já foi no passado recente;
2. Capacidade ociosa nas indústrias. Ou seja, quando a oferta aumentar, não teremos pressão nos preços ou pressão para importar bens e serviços (o que prejudicaria a balança comercial brasileira). Estamos preparados para absorver o crescimento, se e quando ele vier;
3. Ainda temos muitos desempregados. Por mais contraintuitivo que pareca, trata-se de boa notícia.
4. Por que? Porque o aquecimento da economia não irá significar preços mais altos, mas sim, mais empregos. Quando se tem pleno emprego, aumentos de demanda são, eventualmente,compensados por ajustes nos preços.
5. No momento que escrevo este texto,a alocação nos ativos em bolsa no Brasil ainda émuito pequena.
6. Bolsa pode assustar por ter alcançado a máxima histórica em pontos, mas quando olhamos o índice em dólares, a bolsa brasileira ainda continua barata…

A lista poderia continuar, mas vamos ao que interessa:

Se os lucros das empresas crescem em um ambiente com taxa básica de juros baixa, a Bolsa Brasileira fica simplesmente irresistível.

As pessoas vão ter que sair do CDI.

Não haverá opção do meu ponto de vista, ainda há tempo.

É hora de se posicionar em Bolsa.

Você (enquanto pessoa física) tem uma grande vantagem em relação aos gestores de fundos multimercado.

Eles precisam seguir regras rígidas de alocação. Já você, é o senhor da sua alocação. Coloca seu dinheiro onde quiser, na hora que quiser.

Este é um dos raros momentos onde acredito que uma alta exposição à Bolsa pode fazer sentido para muitos de nós.

Claro que é necessário respeitar seu perfil, seu momento…

Mas, para aqueles que estiverem dispostos a aprender o mínimo necessário para participar da Bolsa brasileira, não deixe para amanhã o que você pode fazer hoje.

Espero que você aproveite e reflita sobre este texto.

Me despeço com um dos axiomas de zurique que mais me identifico: desconfie daquele que diz poder prever o futuro.

Não estou fazendo isso, que fique muito claro.

Mas, com a humildade de quem sabe que o Mercado é conduzido pela aleatoriedade no longo prazo e com a certeza de que nem mesmo as mentes mais brilhantes do mundo conseguem prever os mercados, meu sentimento é de que temos bons motivos para acreditar na Bolsa como não tivemos por muitos anos.

Investir em ações parece arriscado no curto prazo.

Porém, como diria o Luis Barsi, não investir em ações é arriscado no longo prazo.

Estou torcendo pelo seu sucesso.

Forte Abraço,

Arthur Lemos