Comissão de Cidadania da Alepe discute combate a crimes praticados contra público LGBT

Entidadades que atuam em defesa dos direitos do público LGBT foram convocadas para a audiência da Comissão de Cidadania da Alepe, nesta sexta-feira (18). (Foto: Ricardo Novelino)
Audiência pública marcou, nesta sexta-feira (18), o Dia Internacional de Combate à LGBTfobia, celebrado na quinta (17).
A Comissão de Cidadania e Participação Popular da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) promoveu, nesta sexta-feira (18), uma audiência pública sobre o enfrentamento aos crimes praticados contra a população LGBT. O encontro marcou o Dia Internacional de Combate à LGBTIFobia, celebrado na quinta-feira (17).
O encontro ocorreu no Auditório Sérgio Guerra, no Centro do Recife. A situação da população LGBT em Pernambuco e as políticas públicas desenvolvidas pelo estado foram temas do debate.
A ideia central foi levantar discussão sobre o combate ao preconceito e discriminação contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e intersexuais.
De acordo com o presidente da comissão, deputado Edilson Silva (PSOL), a fobia de setores da sociedade contra os LGBT’s acaba se transformando em violência física e em assassinato. Para ele, é muito importante debater políticas públicas para o combate a todas as formas de preconceito.
“O estado não deve ter apenas estruturas para acolher pontualmente as vítimas de discriminação e violência. É necessário formar as pessoas para fazer o atendimento em hospitais, delegacias e em todos os órgãos públicos. Precisamos ter um código de conduta”, declarou.
Participaram da audiência representantes de várias instituições públicas, entidades e organizações não-governamentais. Entre elas estavam: Centro Estadual de Combate a Homofobia (Cech), Ministério Público de Pernambuco (MPPE) e Defensoria Pública de Pernambuco.
Também foram até a Alepe representantes do Conselho Estadual LGBT, ONG Gestos, ONG Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo (GTP+), Articulação e Movimento para Travestis e Transexuais (Amotrans), Homens Trans (HTM), Mães pela Diversidade, Movimento LGBT Leões do Norte e Conselho Regional de Psicologia (CRP 2ª Região).
Dados
De acordo com dados apresentados pela Comissão de Cidadania da Alepe, em 2017, no Brasil, 445 lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBTs) foram mortos em crimes motivados por homofobia. Em Pernambuco, houve 27 ocorrências, no mesmo período, segundo o colegiado.
Os dados são de um levantamento realizado pelo Grupo Gay da Bahia (GGB). Este ano, Pernambuco encontra-se na quarta colocação no ranking de mortes de integrantes do público LGBT. O estado registrou homicídios de três homens gays e cinco travestis.
Por dentro da Alepe
Até junho, os internautas poderão acompanhar uma jornada diária nas casas legislativas de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, bem como na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
O símbolo do Poder Legislativo no estado é um prédio histórico, o Palácio Joaquim Nabuco, no Centro do Recife.
Edição:Robson Ouro Preto