Debate sobre Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis continua com entidades de classe em busca de apoio

Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) intensifica esforços para derrubar vetos presidenciais.
 Debate sobre Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis continua com entidades de classe em busca de apoio

Foto: Divulgação

A Lei Orgânica Nacional das Polícias Civis (Lei 14.735, de 2023), que unifica as regras sobre os direitos, deveres e garantias da classe nos estados e no Distrito Federal, segue no debate de entidades de classe que defendem a derrubada dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A proposta, de autoria do Poder Executivo, após escutas da categoria, permaneceu em tramitação por 16 anos no Congresso. A Associação de Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) tem participado de debates e encontros com representantes da classe e parlamentares em busca de apoio.

De acordo com Diogo Victor, presidente da Adeppe, a Adeppe está empenhada com a Associação dos Delegados de Polícia do Brasil (Adepol), a Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis (Cobrapol) e a Federação Nacional dos Peritos Oficiais em Identificação (Fenappi) para a derrubar os vetos no Congresso Nacional. No último dia 25, Diogo e a vice-presidente, Claudia Molinna, estiveram em Brasília, durante encontro da Adepol.

Foram muitos os itens vetados, entre eles o pagamento de indenizações por insalubridade, periculosidade, por vestimenta, por exercício de trabalho noturno, além de ajuda de custo em remoção, auxílio-saúde de caráter indenizatório e as licenças-gestante, maternidade e paternidade. Também não passou pelo crivo do Executivo carga horária máxima semanal de 40 horas, com direito a recebimento de horas extras.

Outro item não sancionado estabelecia que os policiais civis teriam direito de se aposentar com a totalidade da remuneração recebida no seu último cargo e de receber reajustes nos mesmos percentuais concedidos aos policiais na ativa”, explica Diogo. Segundo ele, também foi vetado item que dispunha sobre o direito de o policial civil receber o abono de permanência, ao completar os requisitos para a aposentadoria voluntária e permanecer na atividade; e outro o item que permitia publicidade dos atos de polícia judiciária e investigativa nos diversos meios de comunicação disponíveis, ressalvados os casos em que há o sigilo da informação.

À época, em comunicado, Presidência da República citou que, em conformidade com o posicionamento de ministérios conectados ao tema, Lula decidiu vetar, “por inconstitucionalidade e contrariedade ao interesse público”, dispositivos que permitiam interferência na organização político-administrativa dos estados, com impacto negativo sobre o equilíbrio federativo e a segurança jurídica.

Na hora da sanção, em novembro passado, prevaleceu uma posição política antagônica a tudo que fora acordado e uma literal traição às entidades de classe, aos congressistas, à categoria de policiais civis do Brasil e à toda sociedade brasileira. Estamos mobilizados e buscando apoio em Brasília e nos estados, como em Pernambuco, para assegurar direitos à nossa classe”, pontua o presidente da Adeppe.

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