A advogada Deolane Bezerra está passando por uma experiência radicalmente diferente desde que retornou à Colônia Penal Feminina de Buíque, em Pernambuco, na terça-feira (10/9). Após descumprir as condições estabelecidas para sua prisão domiciliar, Bezerra encontrou um ambiente de superlotação e desafios severos na unidade prisional.

A Colônia Penal Feminina de Buíque é conhecida por suas condições adversas e pela presença de detentas envolvidas em crimes chocantes. Entre as presas, há condenadas por um caso de canibalismo, acusadas de matar e desmembrar vítimas para preparar empadas com carne humana, que eram vendidas em Pernambuco.

O cotidiano de Deolane na prisão inclui uma dieta básica e modesta. Recentemente, seu café da manhã consistiu em uma banana, um copo de suco e dois copos de água. Além disso, ela tem acesso a um breve período de banho de sol na quadra da penitenciária, embora este seja um momento solitário, sem a companhia de outras detentas.

A advogada também participou de um culto evangélico organizado por visitantes dentro da penitenciária e recebeu uma Bíblia como presente, entregue por um funcionário do sistema prisional.

Com capacidade projetada para 107 presas, a Colônia Penal Feminina de Buíque abriga atualmente 228 mulheres, incluindo quatro gestantes, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Essa superlotação contribui para um ambiente prisional estressante e desafiador.