Dependência química tem cura?

A dependência química é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença incurável, progressiva e crônica, porém tratável mediante tratamento em uma clínica de reabilitação.
O abuso de múltiplas drogas ou substâncias psicoativas agem no cérebro do dependente, alterando o comportamento e a forma como sua mente funciona. Os danos neurológicos, racionais e cognitivos causados são, em sua maioria, irreversíveis.
Apesar da possibilidade de tratamento, é preciso um acompanhamento contínuo por psicólogos e psiquiatras especialistas para evitar recaídas após o início da terapia — de modo a trazer resultados a longo prazo.
Como é o tratamento de dependência química?
A vulnerabilidade ao uso de drogas para diferentes pessoas torna indispensável a compreensão sobre como o tratamento funciona. Antes de tudo, é necessário entender que cada doença, em sua maioria, requer um tipo diferente de terapia.
Por consequência, o tempo necessário e até os medicamentos serão diferentes para cada pessoa, considerando alguns fatores como idade, avanço do vício etc.
Após a avaliação psiquiátrica para avaliar os riscos e causas, junto a uma equipe composta por médicos, terapeutas e psicólogos em uma clínica de reabilitação em Goiânia, por exemplo, inicia-se o processo de desintoxicação.
Junto à família e aos médicos, o paciente ainda deve decidir se o tratamento ocorrerá de forma interna, externa ou parcial.
Para o tratamento interno, o dependente permanecerá numa clínica, recebendo todos os cuidados necessários para lidar com o vício. No tratamento externo, ele deverá frequentar o local de terapia em horários estipulados, enquanto mantém suas tarefas rotineiras e dorme na própria residência.
Já a internação parcial permite ao paciente combinar o tratamento externo e interno, recebendo o tratamento durante todo o dia para, à noite, retornar para casa.
Desintoxicação do dependente químico
Essa fase da reabilitação é muito importante para determinar o êxito do tratamento, pois consiste na retirada de todas as substâncias danosas do organismo do dependente.
Essa fase deve ser monitorada com cuidado por especialistas após a internação voluntária, desde que a abstinência causada pode acometer o paciente a quadros de ansiedade, tremores e pressão arterial aumentada.
O uso de medicamentos antidepressivos e ansiolíticos é regularmente utilizado durante a fase de desintoxicação.
Terapia comportamental
Após a desintoxicação, é necessário (em conjunto de psicólogos e terapeutas) a busca pela raiz do vício a fim de evitar futuros descontroles.
Gatilhos, descontroles emocionais e quaisquer outros distúrbios são tratados e cuidados para ajudar o paciente a superar o vício e alterar seu comportamento afetado pelas drogas.
É hora de inseri-lo novamente na sociedade
Durante essa etapa do tratamento, são realizadas diversas sessões terapêuticas e avaliações, com o objetivo de evitar recaídas e ajudar o paciente a abandonar completamente o vício.
O apoio dos familiares e amigos é essencial para inseri-lo novamente na sociedade, de modo que os vínculos se intensifiquem e sua rotina retorne ao normal gradativamente. Reconhecer as próprias limitações é o primeiro passo para procurar ajuda e, com o tratamento certo, superar o vício e os malefícios que ele traz.