Dia Nacional do Livro: A Escrita Terapêutica Como Poder de Cura para Mães Exaustas

 Dia Nacional do Livro: A Escrita Terapêutica Como Poder de Cura para Mães Exaustas

Foto: Divulgação

No Dia Nacional do Livro, celebrado em 29 de outubro, muitas histórias ganham vida nas páginas escritas. Mas além das narrativas tradicionais, há uma história menos conhecida, aquela escrita por mulheres e mães exaustas, que encontraram na escrita terapêutica uma poderosa ferramenta de cura.

Por meio das palavras, estas mães transformam seus sentimentos em expressões escritas, compartilhando suas jornadas de maternidade e, ao mesmo tempo, recuperando seu senso de valor e autoestima.

A jornalista Luciane Rodrigues, uma dessas mães, descobriu essa terapia literária no seu segundo pós-parto, quando sentiu a necessidade de dar voz aos sentimentos que a maternidade trouxe consigo. Doentes e exaustas, as palavras se tornaram o remédio que ajudou a aliviar o peso do que sentiam.

Optou por um período sabático de dois anos para cuidar de seus filhos e de sua saúde, e a escrita se tornou sua ferramenta de cura. Ela resgatou a menina que escrevia histórias de princesas guerreiras, a adolescente que criava poesias, e a jovem que transformava descobertas em contos. Dessa vez, suas palavras eram sobre a maternidade, mas com questões que também eram de outras mulheres.

Luciane criou um diário virtual para compartilhar sua experiência como “mãe em tempo integral“. Postar seus textos online era como tirar a roupa em público, uma exposição da alma com todas as fraquezas e imperfeições à vista. Mas também era uma maneira de compartilhar ideias e inspirar outras pessoas.

Apesar do medo da exposição, Luciane enfrentou a internet e se surpreendeu com a capacidade das palavras de gerar conexões e compreensão. Ela riu e chorou com seus textos, assim como muitos de seus leitores. Suas palavras, uma vez compartilhadas, tomaram vida própria, levando consigo as emoções e histórias que elas carregavam.

A escrita terapêutica é uma jornada de autodescoberta. Através das palavras, é possível colocar pensamentos em ordem, entender emoções e expressar sentimentos que, muitas vezes, passam despercebidos. Escrever sobre a maternidade foi uma virada de chave na vida de Luciane, ajudando-a a compreender a mulher que se tornou.

A compreensão de quem ela é hoje veio por meio da escrita terapêutica que ela praticou durante seu período sabático. Escrever não era apenas um ato solitário, mas uma forma de se conectar com outras mulheres que compartilhavam desafios semelhantes.

Ela se uniu a um coletivo de mães escritoras chamado “Mães que escrevem”, onde compartilhou histórias sobre autocuidado para mães. Esse grupo proporcionou uma rede de apoio virtual onde mulheres de diversas origens compartilhavam experiências e desafios maternos.

A mensagem é clara: escrever cura. A escrita lava a alma, resgata a autoestima e reforça o valor de cada palavra e da pessoa que a escreve. No Dia Nacional do Livro, vale a pena lembrar que as palavras têm um valor inestimável, e a escrita terapêutica é um caminho para a cura pessoal e a conexão com outros. Portanto, escreva, compartilhe e cure. Suas palavras têm um valor imenso.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

Related post

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *