Empreendedorismo Feminino em Destaque: palestras imperdíveis do Rec’n’Play

Quando eu recebi o convite do Sebrae para palestrar no Rec’n’Play, não tinha a dimensão real do que seria viver instantes de conexão e construção coletiva no maior festival de tecnologia, criatividade e inovação do Brasil.
Lá, no Ti Saúde, no bairro do Recife, diante de uma plateia engajada, o feminino ganhou destaque e eu pude sentir na pele o impacto da atmosfera única que só o Carnaval do Conhecimento tem.
De olhos e ouvidos bem abertos, o público confirmava: “era a hora certa e o local exato para falar sobre o que acontece quando nasce uma empreendedora.”
Qual a importância de uma rede de apoio ao iniciar uma trajetória no mundo dos negócios? Como lidar com a dupla (ou tripla?) jornada quando a mulher ainda experimenta o sabor da estreia do seu próprio business? Por que a escolha de uma parceria afetiva faz a diferença quando o assunto é empreendedorismo feminino? O que é possível fazer para contribuir com o ecossistema produtivo formado por mulheres? Como a autonomia feminina financeira pode provocar transformações sociais e modificar núcleos de convivência completamente?
Durante o painel, a abordagem desses pontos de atenção e vários outros que envolvem o tema, fomentou um momento rico de compartilhamento de histórias da vida cotidiana, de pontos de identificação e de discussão sobre soluções possíveis que podem contribuir com a superação dos principais desafios das mulheres, no início da jornada no mundo dos negócios.
E não parou por aí, não. Teve combo!
Pouco mais de uma hora após a primeira palestra, estava eu, no mesmo palco, conduzindo outra conversa. Dessa vez, sobre o ‘match’ poderoso entre empreendedorismo feminino e comunicação. Um link entre dois universos potentes em suas essências, mas que são capazes de ficar ainda maiores quando trabalhados, em conjunto, de maneira estratégica.
O segundo momento acabou sendo um complemento do primeiro. Afinal, para superar a extensa lista de desafios que fazem parte da trajetória feminina na condução dos seus empreendimentos e projetos, também é preciso, além de jogo de cintura e malabarismo na gestão de múltiplos papéis, de boa capacidade de comunicação (verbal, visual, escrita, digital, etc), de habilidade para construir networking, se posicionar e criar uma marca pessoal forte. Um caldeirão de elementos, vamos combinar, para a mulher que sabe fazer a sua mensagem chegar e ser compreendida com a intencionalidade desejada.
Quem participou, de algum dos painéis, do início ao fim ou deu apenas uma passadinha, fez parte desse enredo, que está repercutindo até hoje, dias após o evento. Uma programação que pede repeteco, pela relevância dos seus temas e por mostrar, de maneira escancarada, que quanto mais se abre espaços para falar sobre as adversidades típicas do empreendedorismo feminino, mais o debate provoca, gera reflexão e expande o caminho para a produção de novas realidades nos negócios idealizados e comandados por mulheres.
Carol Maia é jornalista inquieta, estudiosa do comportamento feminino, empreendedora e escritora.
Mãe de Maria Vida, pernambucana, corredora amadora, que adora desbravar fronteiras, contar histórias e tomar rosé.