Envolvido em escândalo de fraudes milionárias no IRB cria banco digital

Envolvido em escândalo de fraudes milionárias no IRB, Fernando Passos cria banco digital
Alvo de investigações, ex-vice-presidente do ressegurador abre instituição com foco em empreendedores do Norte e Nordeste; executivo ainda aguarda desfechos para processos abertos durante a sua gestão.
Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB). A empresa não tem, contudo, aval do regulador para funcionamento. Isso porque, conforme explicou o BC ao ser questionado pela reportagem, a Cactvs ainda não se enquadra nos critérios que exigem o pedido de autorização junto à autoridade monetária para operar no País.
Já em relação à sua atuação no mercado de seguros, a Susep informou que a Cactvs Corretora de Seguros está com o seu registro suspenso, ou seja, impedida de aceitação de proposta por qualquer seguradora noBrasil
sob o risco de multa, processos e sanções. “Todas as empresas supervisionadas estão sujeitas à fiscalização da Susep e devem adotar as práticas de conduta determinadas pela resolução n.º 382”, justifica a autarquia.
Um dos membros da antiga diretoria do IRB Brasil Re, Fernando Passos deixou a cadeira há pouco mais de um ano, em meio a maior crise de credibilidade dos 70 anos de história do ressegurador. A IRB chegou a divulgar que o megainvestidor Warren Buffett investia no negócio, mas o gestor americano desmentiu isso em público.
O IRB também sofreu fiscalização especial da Susep. Depois de investigações e de trabalho da atual administração, a companhia apresentou representação criminal aoMinistério Público Federal do Rio de Janeiro
– o processo está em andamento. A CVM também abriu inquéritos para apurar irregularidades.Investigações internas do IRB apontaram que o antigo CEO, José Carlos Cardoso, e o então vice-presidente de finanças (CFO), Fernando Passos, teriam se apropriado de cerca de R$ 60 milhões em forma de bônus pela venda de imóveis. Além disso, teriam recomprado um lote de ações, de R$ 100 milhões, acima do limite permitido pelo conselho.
Conduzida pelo escritório de advocacia Felsberg, a varredura concluiu que houve a divulgação de informação falsa. Passos também foi alvo de investigações por irregularidades durante a sua gestão no Banco Nordeste (BNB)