Especialistas em inteligência artificial alertam internautas sobre o #10yearchallenge

 Especialistas em inteligência artificial alertam internautas sobre o #10yearchallenge

Imagem ilustrativa. – Crédito: Reprodução/Pexels

Todo mundo já viu algum amigo postando fotos de antes e depois com a hashtag #10yearchallenge (em português, desafio dos dez anos). Todos encaram isso como mais um desafio que viralizou, mas, de acordo com a jornalista da revista Wired Kate O’Neill, a febre pode se tornar em uma base de dados imensa para o Facebook.
No que isso pode nos afetar? Segundo Kate, que se dedica em relatar sobre o mundo da tecnologia, esses dados podem ser usados para treinar algorítimos de reconhecimento facial com base na progressão de idade.
Apesar de o Facebook já possuir esse tipo de informação sobre seus usuários, O’Neill argumenta que o ruído nas informações podem atrapalhar os algorítimos, pois muitas vezes as pessoas não necessariamente postam fotos em ordem cronológica e, em muitos casos, a imagem de perfil de alguém nem é um retrato, e sim uma paisagem, um animal, ou até uma foto de família.
“Se você quer treinar um algoritmo de reconhecimento facial em características relacionadas à idade, ajudaria ter duas fotos pessoais separadas por um número fixo de anos”, explica.
É como se, ao fazer o desafio, os usuários estivessem limpando, organizando e rotulando os dados que antes estavam fora de ordem. Assim, a inteligência artificial do Facebook poderia detectar padrões, como descobrir como as pessoas tendem a ficar à medida que envelhecem.
O Facebook se pronunciou sobre o assunto, e garantiu que não tem nenhum envolvimento com o desafio. Na nota de esclarecimento, o departamento de relações públicas da empresa afirma: “O Facebook não iniciou essa tendência. Este é um meme gerado por um usuário de rede e se tornou viral.”
Ainda sim, há quem desconfie. A jornalista também relembra de jogos e outros desafios sociais que já foram projetados essencialmente para extrair e coletar dados em massa, como o caso da Cambridge Analytica. Para ler o artigo de Kate O’Neill na íntegra, clique aqui.

robsonouropreto

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