Estudante de 17 anos morre após ser agredido em escola pública de Jaboatão

 Estudante de 17 anos morre após ser agredido em escola pública de Jaboatão

Imagens da câmera de segurança da escola mostra adolescente caído após ser agredido por colega

Imagens das câmeras do circuito interno de segurança da Escola de Referência em Ensino Médio Frei Romeu Peréa enviadas para o WhatsApp da TV Globo mostram o momento em que um estudante de 17 anos é agredido por um aluno de 15 anos.

Após ficar desacordado e cair no chão, Mateus Henrique Leal de Souza foi socorrido para a Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) do bairro do Curado, em Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife, onde morreu.

No vídeo, é possível ver alguns alunos se empurrando no corredor da escola, por volta das 9h20 da terça-feira (22). Em seguida, o estudante de 15 anos que não teve o nome divulgado agride Mateus com um soco e uma joelhada.

Após a vítima desmaiar, o agressor tenta ajudá-la e outros alunos passam pelo local sem entender o que tinha acontecido. Depois, um estudante corre para pedir ajuda.

O enterro de Mateus ocorre no final da tarde desta quarta-feira (23), no Cemitério do Barro, na Zona Oeste do Recife. “Ele era o meu primeiro filho, o meu primogênito. É uma perda que você não tem como explicar em palavras. Só quem é pai e já perdeu [um filho] que sente essa dor”, declarou o pai de Mateus, Edson Leal de Souza.

Edson contou à TV Globo que o filho era uma pessoa tranquila. “Mateus era um menino muito calmo, ele vivia na igreja. Nunca me foi relatado que ele tinha problema no colégio. Ficamos surpresos com o que aconteceu. Segundo relato do professor, Mateus não era de briga”, disse.

Edson também falou que o filho não tinha problemas de saúde. “Ele foi operado do coração com 17 dias de nascido. Ele tomava remédio até 1 ano, mas foi suspenso, pois não tinha mais nada. Ele jogava bola, andava de bicicleta, nunca foi socorrido por esse problema. Eu acho que aconteceu foi devido à joelhada”, afirmou referindo-se às agressões filmadas.

O pai de Mateus criticou a postura da escola diante da agressão, que ocorreu no intervalo das aulas. “Vamos esperar o laudo do IML [Instituto de Medicina Legal], porque, no auto, está causa indefinida. Depois do laudo, a gente vai tomar as providências cabíveis. O colégio, eu achei que foi um pouco negligente: devido à pandemia, estava todo mundo aglomerado e não tinha ninguém na hora para afastar”, afirmou.

Redação

Related post

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *