No mês de agosto, o Brasil quebrou mais um recorde nas exportações de produtos do agronegócio, com um aumento significativo de 6,6%, totalizando impressionantes US$ 15,63 bilhões em vendas. Esse valor representou 50,4% do montante total exportado pelo país nesse período. A conquista desse novo patamar deve-se a dois fatores cruciais, de acordo com a análise minuciosa da Secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura e Pecuária (SCRI/Mapa): o aumento na quantidade exportada e a redução dos preços no mercado internacional.

O primeiro fator, o aumento na quantidade exportada, pode ser atribuído à safra recorde de grãos colhida no período de 2022/2023. Essa safra excepcional ampliou a capacidade de excedente exportável do Brasil, permitindo que mais produtos agrícolas alcançassem os mercados globais. Além disso, houve uma queda nos preços internacionais dos alimentos, o que tornou os produtos brasileiros mais competitivos no cenário internacional.

Os destaques desse mês foram o milho, a soja em grãos, o farelo de soja, o açúcar e a carne de frango in natura. O milho estabeleceu um recorde mensal histórico em valor e quantidade. A soja em grãos e o farelo de soja também registraram recordes em valor e quantidade durante o mês de agosto.

A soja em grãos atingiu vendas externas recorde de US$ 4,19 bilhões, marcando um impressionante aumento de 12,3%. O volume exportado também alcançou níveis recordes, totalizando 8,39 milhões de toneladas, o que representa um aumento de 41,1%. A China, como principal destino desse produto, aumentou significativamente suas importações, passando de US$ 2,72 bilhões para US$ 3,15 bilhões.

O farelo de soja registrou vendas de US$ 1,19 bilhão, resultado do volume recorde exportado, que atingiu 2,41 milhões de toneladas no mês. A União Europeia continua sendo a principal importadora do farelo de soja brasileiro, adquirindo um montante de US$ 504,29 milhões, equivalente a 1 milhão de toneladas.

As exportações de milho também alcançaram números impressionantes, atingindo 9,33 milhões de toneladas, o que representa um recorde na série histórica iniciada em 1997. O valor das exportações desse cereal atingiu US$ 2,21 bilhões no mês pesquisado, e a China foi responsável por quase um quarto dessas importações.

O Brasil exportou 425 milhões de toneladas de carne de frango in natura, registrando um aumento de 3,3% e gerando uma receita de US$ 780 milhões. O açúcar também obteve um desempenho notável, com vendas externas de US$ 1,78 bilhão, um aumento de 48,7%, e uma quantidade exportada de 3,63 milhões de toneladas, marcando um recorde para o mês de agosto.

A China continua a se destacar como o maior comprador tanto da carne de frango in natura quanto do açúcar brasileiro.

No acumulado do ano, de janeiro a agosto, as exportações totalizaram US$ 112,68 bilhões, representando um aumento de 4,2%. Esse incremento é atribuído principalmente ao aumento na quantidade exportada, apesar da queda de 5,2% nos índices de preços. As vendas de soja em grãos, açúcar e milho foram os produtos que mais contribuíram para esse desempenho favorável no acumulado do ano. O agronegócio brasileiro segue desempenhando um papel crucial na economia global.