A nossa diferença não é um problema, mas uma riqueza. É com essas palavras ditas pelo Papa Francisco durante a sua mensagem de Natal, que inicio este artigo, o primeiro do ano, dando boas vindas a 2019. Esta afirmação tão iluminada e sábia, só corrobora com o que já escrevi em um texto anterior “Tudo começa pelo respeito”. Na ocasião, os dizeres foram direcionados para as atrocidades cometidas contra as mulheres, agora, abranjo ainda mais a prática do respeito, pois não é só as mulheres que o merecem, mas sim todas as pessoas. E, nada melhor do que escolher a Fraternidade como um dos meios de pratica- lo.
Fraternidade (termo oriundo do latim frater, que significa “irmão”). Por esse motivo, fraternidade é o laço de união entre os homens, fundado no respeito pela dignidade da pessoa humana e na igualdade de direitos entre todos os seres humanos.
A fraternidade é capaz de elevar a estima social, superar relações servis, introduzir o senso cívico e de solidariedade social. Sob esta ótica, é a fraternidade capaz de mudar a sociedade. Ronald Dworkin talvez vislumbrasse uma saída para o conflito entre liberdade e igualdade nas sociedades globais se considerasse a fraternidade o elemento que proporciona o diálogo entre os outros dois princípios.
Refletir sobre a sociedade atual, por vezes, é cair numa discussão acalorada e sem fim. Citam- se filósofos, sociólogos, teólogos, economistas, juristas, enfim, todos que defendem ou sustentam o seu ponto de vista. Por isso a importância da pratica fraternal, já que o objetivo da fraternidade é a paz e o seu principio garante um futuro melhor. Se utilizada para o bem comum, a fraternidade ajuda na compreensão da liberdade e na formação de uma comunidade consciente politicamente.
Que neste novo ciclo que começa, o sentimento de união se fortaleça em toda a humanidade, pois o amor é a verdadeira religião do mundo e a fraternidade a sua realização. É isso que eu quero vivenciar. É isso…
 
Dany Amorim- Jornalista, Coach e sócia da Espalha Comunicação.