Governo do Estado encerra o Fortalece a Igualdade no quilombo de Águas Claras

 Governo do Estado encerra o Fortalece a Igualdade no quilombo de Águas Claras

O encerramento do programa Fortalece a Igualdade, em Triunfo, foi realizado num lugar simbólico e de resistência em Pernambuco: o Quilombo de Águas Claras, na zona rural deste município onde moram aproximadamente 50 famílias descendentes de escravos, homens e mulheres que lutaram por centenas de anos e continuam lutando para superar as desigualdades. O evento expressou a importância do programa responsável por qualificar cerca de 500 pessoas negras e pardas em 21 municípios do Estado. O Sertão pernambucano é uma das regiões onde se formou mais comunidades quilombolas, por ser menos ocupada e de difícil acesso.

O secretário do Trabalho, Emprego e Qualificação, Alberes Lopes, participou da entrega dos certificados da turma de Cabelo e Maquiagem Afro. “O combate às desigualdades sociais nem sempre é fácil. Mas é de passo em passo que se conquista uma vitória. O quilombo é um símbolo de resistência e luta do nosso povo, dos homens e mulheres negras deste Estado e do país. Então, quando a gente chega com a qualificação do Fortalece a Igualdade no Quilombo de Águas Claras, a ação ganha uma simbologia muito grande. A qualificação resgata a autoestima, traz empoderamento e oportunidades de geração de renda. Quem se qualifica, mesmo em meio às dificuldades, também resiste e luta”, afirmou.

Segundo o secretário Alberes Lopes, Águas Claras pode se fortalecer ainda mais no turismo de experiência a partir desse curso de qualificação. Ele lembrou que a comunidade já tem tradição em receber bem os turistas, mostrar os costumes e tradições do povo negro, através da rapadura, do coco de roda, do artesanato, da culinária e da agricultura. Agora, futuras empreendedoras também podem usar o que aprenderam para o autocuidado e para oferecer como serviço aos turistas que visitarem o município.

Aos 18 anos, Ednaele dos Santos Maia, tem orgulho de ser quilombola. O sonho dela é ser policial federal, mas, enquanto isso não se tornar realidade, ela vai usar a qualificação para obter uma renda para sua família. “Meus avós todos eram quilombolas. Eles foram pessoas muito incríveis, heróicas, que sofreram muito, mas não deixaram de ser guerreiras. A qualificação me ajudou demais e está me ajudando. A gente aprendeu a se valorizar mais em relação a nossos cachos e nossos cabelos. Antes, eu já trabalhava em casa, com algumas pessoas próximas a mim, agora estou mais preparada”, declarou Ednaele.

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