Gritos de #EleNão deu o tom ao Bailinho Oktoberfest

Siba – Crédito: Instagram/Reprodução
Ao som da percussão característica do maracatu rural, Siba subiu ao palco do Bailinho Oktoberfest às 23h e tocou para os primeiros convidados que chegavam. As filas para comprar bebidas eram extensas e o público se dividia entre as músicas do cantor e o serviço da festa. Mas foi com A Bagaceira que o mestre acionou toda a nostalgia do plateia com lembranças do carnaval. E a sequência de músicas agitou toda a casa, fazendo os convidados pularem no ritmo do terno.
A noite foi marcada por muitas falas em referência ao atual cenário politico brasileiro. Na oportunidade, Siba agradeceu a presença da família na sua apresentação, pontuou o tensionamento que estamos vivendo e se pôs contra qualquer tipo de violência, seja torturas ou discursos de ódio. O cantor foi ovacionado com palmas e gritos de “Ele Não” da plateia. O dizer faz referência a uma campanha que surgiu na internet contra o presidenciável Jair Bolsonaro.

Banda Eddie – Crédito: Juliana Aguiar/Esp.DP
O mesmo clima tomou a Banda Eddie, que trazia na boca do trompete as mesmas palavras. O show do grupo seguiu com clima vibrante e teve seu ápice com as canções “Pode Me Chamar Que Eu Vou” e “Baile Betinha”. As músicas foram compostas por Erasto Vasconcelos, ex-membro da banda. O vocalista, Fábio Trummer, resgatou a lembrança do músico, falecido em 2016.

Otto – Crédito: Thiago Britto/Divulgação
A apresentação de Otto foi com certeza a mais esperada pelo público, que pulava e cantava cada trecho das músicas do início ao fim. O cantor abriu o show que encerrou a noite no Baile Perfumado com canções de seu primeiro álbum, o Samba Pra Burro, mas trouxe referências de toda a sua trajetória e finalizou com o novo disco, Ottomatopeia. Durante a perfomance, o compositor convidou sua esposa, a francesa Kenza Said, ao palco e juntos cantaram Distraída Pra Morte. O casal se despediu com um abraço emocionante!

Otto e sua esposa, Kenza – Crédito: Juliana Aguiar/Esp.DP
As picapes foram comandadas pela DJ Allana Marques, que agitou a noite. Assim como na última edição do Bailinho Oktoberfest, em 2016, a música pernambucana foi a grande atração da nova festa, demonstrando que o selo mantém o mesmo ritmo em busca da valorização da cultura local.