A situação crítica do Hospital Barão de Lucena, localizado na Zona Oeste do Recife, ganha destaque com a interdição da unidade pelo Conselho Regional de Medicina (Cremepe). A falta de medicamentos, materiais médicos e insumos básicos levou a um cenário alarmante, agravado pela impossibilidade de realizar hemodiálise por 24 horas na última quarta-feira (31), de acordo com denúncias de funcionários.

O responsável técnico, Rafael Pacífico, enviou uma carta ao Cremepe, destacando que nos últimos meses, as solicitações semanais de insumos essenciais para o atendimento aos pacientes não foram integralmente atendidas. O desabastecimento compromete não apenas a atuação dos profissionais médicos, mas também a assistência aos pacientes da unidade.

A crise no Barão de Lucena não é recente, sendo evidenciada em interdição anterior pelo Cremepe em 17 do mês passado. A medida suspendeu os internamentos para cirurgias eletivas, com exceção das oncológicas, até a regularização do abastecimento e a correção das inconformidades apontadas pelo conselho.

Diante do quadro crítico, o conselheiro Carlos Neves, relator dos processos da Secretaria de Saúde do Estado em 2024, autorizou uma auditoria especial do Tribunal de Contas para avaliar a falta de medicamentos e insumos no hospital. A decisão ocorreu após reunião com o presidente do Cremepe, Mário Jorge Lemos, evidenciando a cooperação entre TCE e Cremepe em busca da melhoria do atendimento no Barão de Lucena. O Tribunal busca identificar as causas e responsabilidades pelo problema, reforçando seu papel no controle das políticas públicas e na busca pela eficiência dos serviços de saúde à população. O caso ressalta a urgência de soluções para a crise na saúde pública local.