Imóveis compactos movimentam setor imobiliário em Pernambuco

Felipe Zaidan – diretor da Zaidan Imóveis
O setor imobiliário começa a ter um reaquecimento nesta época de Pandemia em Pernambuco.
Dentro de 30 dias, a procura de investidores aumentou sensivelmente para negociações com imobiliárias, por exemplo, como a Zaidan Imóveis . “Tivemos negociações com 18 clientes que ou tinham aplicações em bolsa de valores e gostariam de investir em imóveis neste momento ou de proprietários de imóveis de luxo e que preferiram aplicar em flats compactos, com possibilidade de aumentar a renda”, explica Felipe Zaidan, sócio diretor da empresa.
O nicho do mercado de imóveis compactos é o foco de muitos neste momento. Para o executivo de uma usina na África, o administrador de empresas, Leonardo Figueiredo, esta foi a saída mais segura para negociar seu imóvel em Gravatá, região serrana.
“Já tinha pensado antes da Pandemia, pois o imóvel antigo tem custos altos de manutenção e a geração de renda de firma sazonal. Vi, ainda, dois cenários na ótica de investidor: o turismo deve retrair num primeiro momento e a oferta de casas de campo estará ainda maior, e os custos de manutenção continuarão o mesmo. O segundo, com o pós corona, muitas pessoas procurarão vender os imóveis para se capitalizar ou sair de alugueis caros para apartamentos compactos com conforto e baixo custo de manutenção, empregada etc e aí pode surgir uma procura maior por aluguéis de flats”, avalia Figueiredo.
O momento é de análise mercadológica e conscientização para o advogado José Diógenes de Souza que tem parte do patrimônio investido em apartamentos compactos, outra parte em ações.
“Pensando de forma conservadora, entendo que investir em apartamentos compactos é uma excelente alternativa. Por três motivos: o primeiro, é que o “flat” tem uma maior rentabilidade; segundo, é que tem uma maior liquidez e terceiro, é que nos momentos de crises, como no caso da pandemia que nós estamos vivendo, o flat é menos afetado do ponto de vista do retorno financeiro”, diz Souza.
Ele ainda afirma que para os investidores mais arrojados, é importante conversar com consultores financeiros, gerentes bancários, e investir em fundos de ações ou diretamente em ações de empresas sólidas, dos setores de energia e bancário, por exemplo.
Para Felipe Zaidan, diretor da imobiliária, este é o momento em que as pessoas querem viver em um lugar menor com mais dinheiro em reserva no bolso. “Para os apartamentos compactos, é comprovada a rentabilidade e o custo reduzido ao trocar uma unidade de luxo por duas menores, por exemplo”, explica. Ele ressalta ainda que muitos contratos fechados este mês na imobiliária foram relacionados à migração de clientes de apartamentos maiores, mais antigos e sem área de lazer, para apartamentos menores que são mais fáceis de vender e alugar. “Os imóveis compactos tem ticket médio baixo de cerca de R$ 200 mil e liquidez alta”, observa.
Para o presidente do SINDIMOVEIS Lourenço Novaes, a tendência de mercado ainda na crise é a busca de maior economia e possível fonte de renda nos aluguéis deste tipo de imóvel.
O construtor Saulo Suassuna Fernandes está com lançamentos nas zonas Norte e Sul do Recife com várias opções de apartamentos compactos. “” Acredito que com juros mais baixos nas últimas décadas, dólar alto e volatilidade da bolsa, o investimento em imóveis compactos e empresas seguras é uma boa saída para se investir “, observa Suassuna.
Já para o empresário Carlos Tinoco, nestes tempos difíceis de crise, o nicho de imóveis compactos é, realmente, a moeda mais forte e estável economicamente para investimentos e até mesmo para morar e economizar dinheiro em tempos de Pandemia.