Inserir Jovens no Mercado de Trabalho: Uma Estratégia Vantajosa para Empresas e Sociedade

 Inserir Jovens no Mercado de Trabalho: Uma Estratégia Vantajosa para Empresas e Sociedade

Foto: Reprodução/Internet

O mercado de trabalho contemporâneo é uma arena em constante evolução, onde mudanças tecnológicas, transformações culturais e demandas econômicas estão em fluxo perpétuo. Neste cenário dinâmico, é crucial reconhecer e abraçar a importância de dar oportunidades aos jovens. Esta prática não apenas beneficia os indivíduos em busca de crescimento profissional, mas também enriquece as organizações e a sociedade como um todo. Portanto, é hora de explorar por que investir em estágios e dar uma chance à próxima geração é uma estratégia de sucesso.

Renovação de ideias e energia: Os jovens trazem consigo perspectivas frescas e inovadoras, moldadas por uma visão de mundo criada em meio a transformações sociais e tecnológicas recentes. Eles são naturalmente inclinados a questionar o status quo e a propor soluções criativas para os desafios das empresas. Ao dar-lhes oportunidades, as organizações podem revitalizar sua cultura interna e abrir caminho para o desenvolvimento de ideias, fortalecendo o progresso.

Capacidade de adaptação: A geração mais jovem cresceu em um ambiente onde a mudança é a norma. Isso lhes confere uma vantagem natural em termos de adaptabilidade a novidades digitais, metodologias de trabalho e situações desafiadoras. Aqueles que dão oportunidade a esses jovens aproveitam essas habilidades, tornando suas equipes mais ágeis e prontas para enfrentar as incertezas do mundo atual.

Fomento à diversidade e inclusão: A colaboração entre diferentes faixas etárias enriquece o ambiente, promovendo a troca de conhecimentos e experiências. Essa diversidade de perspectivas leva a soluções mais abrangentes e a uma cultura organizacional mais rica, valorizando a contribuição de todos os membros.

Desenvolvimento de liderança futura: Ao atribuir responsabilidades e desafios aos jovens, as empresas estão preparando os próximos líderes. Essa abordagem não apenas garante a continuidade do sucesso do negócio, mas também cria um ciclo de desenvolvimento com aprendizado e crescimento, uma vez que esses indivíduos já estão familiarizados com as tradições e costumes do local, prontos para passar isso adiante.

Crescimento pessoal e profissional: A oportunidade de adquirir experiência prática, aprender com colegas mais experientes e enfrentar situações laborais molda as trajetórias de carreira dos jovens. Isso pode ser decisivo para a evolução de competências essenciais e a construção de uma base sólida para o futuro.

Em resumo, a estratégia de inserir jovens no mercado de trabalho agrega valor a todos os envolvidos. As empresas demonstram compromisso com a inovação, enquanto os integrantes contribuem com suas ideias e energia, ao mesmo tempo em que desenvolvem competências cruciais para suas jornadas.

A juventude brasileira há algum tempo compreende o poder da qualificação como um meio para melhorar suas chances de sucesso, algo fundamental para continuar seus estudos universitários. No entanto, enfrentam desafios, pois muitas empresas consideram a ocupação remunerada como pré-requisito. É aqui que entra a importância da bolsa-auxílio. A legislação não determina um valor mínimo, mas o interessante é proporcionar uma quantia compatível com o custo de vida no local, as exigências e as tarefas a serem realizadas. Afinal, esse dinheiro, muitas vezes, é utilizado para arcar com gastos estudantis, ajudar nas despesas de casa ou sustentar uma família.

De acordo com estudos, a população entre 15 e 29 anos é a maior já registrada, ultrapassando 47 milhões de cidadãos. Contudo, essa parcela é a mais afetada pelo desemprego no país. Os programas voltados para inserir os jovens nas organizações são de responsabilidade delas próprias e devem ser encarados como uma ação genuína.

Recentemente, um ranking da OCDE posicionou o Brasil em segundo lugar entre as nações com mais integrantes no grupo “nem-nem”, com um índice de 35,9%. Segundo o IBGE, em 2019, havia 9,3 milhões de alunos no ensino médio, dos quais 7,1% estavam matriculados em cursos técnicos. A pandemia acelerou esse processo e a busca por qualificação tem aumentado.

Programas educacionais, muitos deles sem custos associados, são apoiados e financiados por ONGs em colaboração com as corporações. Essa iniciativa visa capacitar e preparar os indivíduos, não apenas oferecendo formação técnica, mas também focando no desenvolvimento de habilidades interpessoais e no aprimoramento do raciocínio lógico, comunicação e expressão.

Esse é o caminho a ser seguido, especialmente no setor de tecnologia, que busca rapidamente novos talentos devido à incessante demanda por uma crescente quantidade de posições. Até 2025, segundo a Brasscom, cerca de 800 mil vagas precisarão ser preenchidas, e a escassez de bons integrantes já está se tornando evidente.

Os programas de estágio oferecem diversos benefícios, incluindo carga horária limitada, recesso remunerado e auxílio-transporte. Portanto, abra as portas do seu negócio para essa juventude motivada, ávida por mostrar seu potencial e contribuir para o desenvolvimento. Dessa forma, além de fortalecer sua equipe, você estará colaborando com a economia e a educação do Brasil. Esta é uma luta de todos nós.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

Related post

Leave a Reply

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *