Integrantes de quadrilha comandada por presidiários são suspeitos da morte de pai e filho na Zona da Mata de PE, diz polícia

Delegados José Rivelino e Bárbara Fort detalham Operação Intramuros em cidades de Pernambuco (Foto: André Duarte/Polícia Civil de Pernambuco/Divulgação)
Operação Intramuros, contra organizações envolvidas em homicídios, tráfico e venda de armas, cumpriu 17 mandados de prisão e 13 de busca e apreensão no Recife, em Carpina e Paudalho.
Dois homens presos na Operação Intramuros, que desarticulou duas quadrilhas envolvidas em homicídios, tráfico de drogas e vendas de armas em Carpina, na Zona da Mata Norte de Pernambuco, são suspeitos de terem matado pai e filho em fevereiro de 2018. Segundo a Polícia Civil, o assassinato de Josafá Leandro da Silva Alves e Reginaldo Alves de Melo intensificou a guerra do tráfico na região.
Os detalhes da operação foram divulgados nesta sexta (15), mas os mandados foram cumpridos na quinta (14), no Recife e nos municípios de Carpina e Paudalho, na Zona da Mata Norte. Ao todo, foram cumpridos 17 mandados de prisão preventiva e 13 de busca e apreensão domiciliar.
De acordo com a delegada Bárbara Fort, responsável pela investigação, as quadrilhas eram rivais e atuavam em bairros distintos de Carpina. Segundo ela, não é possível estimar o número de homicídios praticados pelos grupos, já que a investigação segue aberta.
“Em fevereiro deste ano, foi registrado o homicídio de Reginaldo e Josafá. Os dois, que moravam em Carpina, eram pai e filho e tivemos testemunhas. Os grupos atuavam com tráfico de entorpecentes. Os homicídios, na região, ocorrem por causa do tráfico. Havia roubos, mas em menor quantidade, se comparado ao tráfico. Eles se dividiam em bairros”, afirmou a delegada.
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“Constatamos, inicialmente, que havia dois grupos atuando em Carpina. O comando dessas associações criminosas vinha do presídio. Desde serem mandantes de homicídios a onde guardar, a quem entregar e quem traria ao município a droga”, explicou a delegada.
A operação
A Intramuros é a 22ª operação de repressão qualificada neste ano e contou com a participação de 80 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães, além de uma equipe de resgate com quatro bombeiros. O objetivo da ação foi prender integrantes de uma organização criminosa que estava sendo investigada desde novembro de 2017.
Os mandados, segundo a polícia, foram expedidos pela Comarca de Carpina. Os presos e o material apreendido foram levados para o Departamento de Repressão aos Crimes Patrimoniais (Depatri), em Afogados, na Zona Oeste do Recife.
A operação foi coordenada pela diretoria de polícia do interior e supervisionada pela chefia da Polícia Civil. Também houve apoio da Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres), que cuida das unidades prisionais.
Edição:Robson Ouro Preto