Letícia Sabatella revela diagnóstico de autismo na vida adulta e abre discussão importante

 Letícia Sabatella revela diagnóstico de autismo na vida adulta e abre discussão importante

Foto: Reprodução/Internet

A renomada atriz Letícia Sabatella, aos 52 anos, surpreendeu o público recentemente ao compartilhar a notícia de seu diagnóstico de autismo, especificamente, o Transtorno do Espectro Autista (TEA). Letícia revelou que seu diagnóstico é de nível leve e agora está em processo de assimilação dessa nova realidade.

Esse caso de diagnóstico tardio ressalta uma realidade preocupante: o autismo, muitas vezes associado à infância, pode se manifestar na vida adulta. Mas como reconhecê-lo e conviver com ele quando não foi diagnosticado anteriormente?

A primeira constatação é que o autismo não surge na vida adulta, ele sempre esteve presente, porém pode não ter sido identificado na infância devido a sintomas mais sutis, difíceis de reconhecer.

À medida que a criança autista cresce, esses sintomas permanecem, mas podem ser camuflados ou confundidos com os desafios da vida adulta, levando a problemas como ansiedade e depressão. Felizmente, esse cenário está mudando.

Pesquisas recentes revelam um aumento na identificação do autismo em adultos. Em 2004, 1 em cada 166 adultos apresentava sintomas do autismo. Em 2007, essa proporção diminuiu para 1 em cada 54, e em 2021, durante a pandemia, chegou a ser de 1 em cada 44 adultos afetados pelo transtorno.

Esses dados enfatizam a necessidade de maior conscientização, divulgação sobre o autismo, seus sintomas e opções de tratamento. O autismo pode afetar a qualidade de vida em qualquer fase, incluindo comunicação, socialização, aprendizado cognitivo e interações humanas.

O diagnóstico tardio pode causar sofrimento ao longo da vida, incluindo críticas devido ao comportamento atípico e tentativas de se encaixar socialmente, muitas vezes resultando em outros diagnósticos equivocados.

A busca por um diagnóstico na vida adulta pode ser desafiadora devido a preconceitos em relação à saúde mental, medo de julgamento e rótulos sociais.

Os sintomas mais comuns de TEA em adultos incluem dificuldade em manter relacionamentos íntimos, desconforto com contato visual, controle emocional limitado, hiperfoco em tópicos específicos, repetição de conversas sobre um tema, hipersensibilidade a estímulos sensoriais, dificuldade em compreender piadas e sarcasmo, preferência por atividades solitárias e falta de compreensão das emoções dos outros.

Embora os palcos onde Letícia Sabatella brilha nunca tenham suspeitado dessa condição, é fundamental entender que o autismo é uma parte da realidade de muitos adultos. Conhecer o diagnóstico e compreender em que nível o transtorno se encontra são passos essenciais para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar do autista adulto.

O TEA não é uma sentença, mas uma condição que requer acompanhamento profissional regular. Quanto mais cedo o tratamento começar, melhor será o desenvolvimento mental, físico, motor, sensorial e emocional do autista.

Céu Albuquerque

Engenheira Civil em Segurança do Trabalho, especialista em Orçamentação, Planejamento e Controle na Construção Civil, Jornalista e Fotógrafa.

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