O abandono de uma obra iniciada há mais de dois anos pela prefeitura de Petrolina, no Sertão de Pernambuco, tem gerado revolta e temor entre os moradores dos bairros Vale Grande Rio, Pedro Raimundo, Ouro Preto e regiões adjacentes. A denúncia foi feita pelo líder comunitário Léo Vinícius Leão, morador do Vale Grande Rio, que alerta para o risco iminente de tragédia e para os impactos diretos à saúde pública local. Segundo ele, a situação é crítica e tem se agravado a cada dia, diante da paralisação da instalação das placas de contenção de um canal a céu aberto, que corta essas comunidades.

De acordo com o líder comunitário, a prefeitura chegou a iniciar a obra de fechamento do canal, instalando algumas estruturas de concreto, mas a intervenção foi interrompida sem explicação e desde então nada mais foi feito. O resultado é um cenário de esgoto exposto, mau cheiro intenso e proliferação de doenças, que afeta principalmente crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade.

“A gente vive aqui numa situação de calamidade. Esse canal está aberto, fedendo, cheio de bichos, e pode causar tragédias. Já são mais de dois anos de promessas, e a prefeitura simplesmente abandonou. Isso é uma questão de saúde pública e de dignidade. Precisamos de providências urgentes!”, desabafa Léo Vinícius.

A denúncia, enviada ao blog PE News, pede apoio para dar visibilidade ao problema e pressionar o poder público a retomar a obra com urgência. Léo ressalta que o risco de acidentes e doenças só aumenta, e que a sensação dos moradores é de abandono completo por parte da gestão municipal.

Os bairros citados ficam em uma das áreas mais populosas de Petrolina, e a obra do canal — cuja função seria drenar águas pluviais e minimizar alagamentos — deveria oferecer segurança e qualidade de vida, mas tornou-se o oposto: um símbolo de negligência e perigo iminente.

Até o momento, não há posicionamento oficial da Prefeitura de Petrolina sobre a retomada dos serviços ou sobre as razões da paralisação da obra. Enquanto isso, os moradores continuam convivendo com insegurança, insalubridade e falta de respostas.