Mãe acusa filho de 15 anos de tentar matá-la em Moreno

O caso será investigado pelo DHPP – Foto: TV Jornal
Segundo ela, o adolescente estaria consumindo drogas e ficado muito agressivo ao jogar videogame
A mãe de um adolescente de 15 anos acusa o filho de ter tentado matá-la, na tarde do último sábado (23), em Moreno, Região Metropolitana do Recife.
Muito abalada, a mãe conta que chegou a desmaiar depois de ser sufocada pelo jovem com um fio e um saco plástico. “Ele amarrou o saco na minha cabeça, e amarrou um fio. Desmaiei. Eu fiquei lá caída, aí, num instante, meu marido veio. Quando ele chegou eu já estava nas ultimas sem fôlego”, contou a mulher.
De acordo com a vítima, desde o fim do Carnaval deste ano, o filho teria começado a usar drogas. Além disso, ele já seria viciado num jogo eletrônico chamado Free Fire, que tem um conteúdo bastante violento. Ela acredita que esse jogo pode ter influenciado a conduta do adolescente.
“Depois que ele entrou nesse jogo ele ficou muito agressivo. Até não quer ir pra escola. Ele era um menino superamoroso comigo. Ele começou a jogar em novembro. Até no hospital ele jurou, mas depois de duas semanas ele continuou.”
Ela revela, ainda, que já foi agredida pelo pai do menino, assassinado quando o filho ainda era criança.
“Ele me esfaqueou, mataram ele. Aí meu filho cresceu revoltado.”
Estado de saúde
De acordo com a Polícia Militar, na tarde de ontem, logo após o ocorrido, o jovem procurou os policiais e disse que estava sob efeito de medicamentos, usados para tratar ansiedade. Ele também disse que estava sendo acusado pela família de ter tentado matar a mãe. O adolescente foi levado para a UPA Engenho Velho, em Jaboatão dos Guararapes, também na RMR. A unidade informou, por meio de nota, o estado de saúde do garoto.
“O adolescente completou 15 anos ontem. Ele tomou 20 comprimidos de Rivotril e deu entrada na unidade. Ele está estável, consciente e orientado. O médico vai solicitar a transferência dele para o Hospital Ulysses Pernambuco”, diz o boletim da UPA.
O Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) vai investigar o caso.
JC