Dois programas lançados pelo governo português no início deste mês visam incentivar empresas e trabalhadores a mudarem para cidades do interior. A ideia é valorizar a região interiorana do continente e fazer com que ela seja mais atrativa, habitada e gere mais renda e oportunidades para os cidadãos.

O primeiro, o +CO3SO apoia a criação de vagas de emprego qualificada. O outro, Trabalhar no Interior, está diretamente ligado às pessoas. O governo disponibilizará uma verba de 426 milhões de euros provenientes do fundo europeu, com um impacto estimado de 665 milhões de euros de investimentos, e a criação direta de 4.200 postos de trabalho. Na primeira fase, o programa vai focar em quatro áreas: emprego, competitividade, conhecimento e digital.

De acordo com o governo português, os apoios consistem na comparticipação integral de custos direto com as vagas criadas, onde se incluem remunerações e despesas contributivas, bem como um apoio adicional de 40% para financiar outros custos.

A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, destacou na apresentação do Programa Trabalhar no Interior que a medida será muito boa para os trabalhadores que desejem fazer a mudança de região e que os estudantes também serão beneficiados. Eles terão uma bolsa paga pelo IEFP (Instituto do Emprego e Formação Profissional), bem como um aumento de 20% de prêmio-emprego.

O governo promete ainda abrir 13 Centros Qualifica no Interior e flexibilizar as regras de ingresso nos cursos profissionalizantes, que a partir de então poderão ter mais alunos. O programa inclui ainda incentivos às empresas para a contratação, com majorações especiais de 25% no âmbito do Contrato-Emprego. Já o Programa Regressar, vai focar nos emigrantes que queiram voltar para Portugal. Esses, terão um apoio financeiro caso optem por se fixar no interior – e que poderá chegar a 7.679,18€.