Manifestantes fazem ato contra Bolsonaro no Recife

 Manifestantes fazem ato contra Bolsonaro no Recife

Um protesto contra o governo Bolsonaro (sem partido) reuniu diversas pessoas neste sábado (19), no Centro do Recife. O ato foi convocado por movimentos sociais, partidos políticos e centrais sindicais, que pediram também vacinação contra a Covid-19 e políticas de erradicação da fome e da pobreza.

Mesmo diante da chuva que cai desde a sexta-feira (18) na capital, os manifestantes começaram a se concentrar por volta das 9h na Praça do Derby e, às 10h, saíram em caminhada pela Avenida Conde da Boa Vista até as pontes Duarte Coelho e Princesa Isabel, onde o ato foi encerrado às 12h15 e o público começou a dispersar.

Durante a caminhada, o grupo seguiu em fila indiana pela Avenida Conde da Boa Vista, após alguns registros de aglomeração na parte inicial do ato. Todas as pessoas utilizavam máscara, mesmo com chuva. Policiais militares e agentes de trânsito fizeram o acompanhamento do protesto.

Às 11h, a manifestação chegou até a Ponte Duarte Coelho, onde ocorreram os primeiros ataques da Polícia Militar aos manifestantes no dia 29 de maio. Foi nesse local que o adesivador de táxis Daniel Campelo foi atingido no olho por uma bala de borracha e perdeu a visão dele.

Os manifestantes fizeram um abraço simbólico, indo da Ponte Duarte Coelho até a Ponte Princesa Isabel – foi nesta última que o arrumador de contêiner Jonas Correia de França foi atingido no olho quando voltava do trabalho. Assim como Daniel, Jonas perdeu a visão do olho depois do ocorrido.

Também no protesto de maio, diversas pessoas foram agredidas pela PM e a vereadora do Recife Liana Cirne (PT) foi atingida por spray de pimenta no rosto.

A Mesa Permanente de Articulação com a Sociedade Civil, criada diante da repercussão da violenta repressão da PM ao protesto pacífico contra Bolsonaro em maio, fez uma série de recomendações para este sábado (19).

Entre as orientações desse grupo, formado por quatro secretarias estaduais, está a recomendação de que a polícia garanta o direito à livre manifestação, previsto na Constituição, e assegure o respeito aos direitos humanos. Não houve registro de confusão ou agressões neste sábado (19).

Neste sábado (19), os grupos levaram faixas com frases em descontentamento ao governo de Bolsonaro. “Fora Bolsonaro genocida” foi uma das mais utilizadas.

Estudantes levaram instrumentos de percussão para cantar palavras de ordem contra o presidente. Também havia três seringas gigantes com os nomes das vacinas da AstraZeneca, CoronaVac e Pfizer, atualmente sendo aplicadas no Brasil. De um lado, estavam os nomes dos imunizantes.

Na Praça do Derby, durante a concentração, algumas pessoas ficaram aglomeradas devido à chuva, para se manterem embaixo de árvores. No entanto, os organizadores do ato recomendaram que os manifestantes respeitassem o distanciamento social.

Ao deixarem a praça para atravessar a Avenida Agamenon Magalhães, em direção à Avenida Conde da Boa Vista, também ocorreram alguns pontos de aglomeração, mas os manifestantes se afastaram uns dos outros em seguida.

Houve distribuição de máscaras do tipo PFF2, que têm maior eficácia na proteção contra a Covid, e de álcool a 70%.

Redação

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