Marília Arraes cobra justiça climática e critica PL do licenciamento ambiental Vice-presidente do Solidariedade afirma que a COP30 deve garantir compromissos reais e denuncia retrocessos no Congresso.
Vice-presidente do Solidariedade afirma que a COP30 deve garantir compromissos reais e denuncia retrocessos no Congresso.

Foto: Miqueias Gomes
No Dia Mundial do Meio Ambiente, a vice-presidente nacional do Partido Solidariedade, Marília Arraes, afirmou que só uma ampla mobilização da sociedade pode conduzir que a próxima COP30 assegure compromissos e conquistas ambientais que o Mundo e o Brasil precisam para amenizar os impactos e tragédias climáticas na vida das pessoas.
Em suas redes sociais, Marília defendeu as ações do Governo Federal voltadas à preservação ambiental e reforçou seu compromisso com as pautas socioambientais. A pernambucana, que também preside o Solidariedade no estado, vem comandado os debates internos na legenda sobre o tema e participará da COP 30, em Belém, no próximo mês de novembro.
Ex-deputada federal, Marília foi a responsável pela criação da Comissão Externa de Acompanhamento dos Efeitos das Chuvas em Pernambuco, da Câmara dos Deputados, em 2022, e tem forte ligação com a questão socioambiental, desde que atuava na Câmara Municipal do Recife, onde desenvolveu um longo trabalho junto às populações residentes em áreas conturbadas (localizadas em regiões limítrofes entre municípios) e historicamente afetadas por problemas ligados a degradação ambiental.
Marília criticou de forma contundente a aprovação, pelo Senado, no último dia 21, do Projeto de Lei que flexibiliza os procedimentos para licenciamento ambiental no Brasil. “O PL da Devastação representa a “mãe de todas as boiadas” e não podemos deixar que esse verdadeiro atentado siga e deixe um rastro de destruição sem precedentes”, afirmou. No Senado, o PL 54 votos favoráveis e 13 votos contrários. A matéria voltará para votação na Câmara dos Deputados.
“A pauta ambiental não é um tema isolado. Muito pelo contrário, ela é o alicerce sobre o qual construímos um futuro justo e próspero para as próximas gerações. Quando se politiza a ciência, o povo paga com a vida. Já vimos isso acontecer com as vacinas. E o que os últimos governos vinham fazendo? Discurso político. A politização da ciência atrasa obras, corta orçamentos, impede a prevenção e transforma tragédias anunciadas em rotina. Mas hoje, temos um governo que age, planeja e tem compromisso real com a ciência e com o meio ambiente”, destacou Marília.
Ao longo da semana, a ex-candidata ao Governo de Pernambuco, já havia divulgado outros dois vídeos com a temática socioambiental, além de uma postagem em defesa da ministra Marina Silva, atacada durante uma audiência no Senado por parlamentares ligados a bancada do Agronegócio. Na publicação, a pernambucana foi taxativa ao afirmar que os ataques desferidos contra Marina são frutos de machismo, racismo e o interesse em paralisar e destruir a agenda ambiental brasileira.
“É preciso ir além do debate e agir com responsabilidade e inteligência, protegendo nossos biomas, investindo em energias limpas, promovendo o saneamento básico e garantindo que o desenvolvimento econômico ande de mãos dadas com a preservação de nossos recursos naturais. Não podemos aceitar o negacionismo científico! As principais vítimas das tragédias climáticas têm a mesma cor e o mesmo CEP. Justiça Climática é dar prioridade a quem mais sofre e lutar por isso é direito e dever de todos”, sentenciou.