Desde sua chegada ao Náutico, o técnico Marquinhos Santos tem reforçado a importância de utilizar os atletas da base como parte essencial de seu trabalho. Com experiência e formação oriundas das categorias de base, ele afirma que veio buscar não apenas resultados imediatos, mas também deixar um legado que valorize os jovens talentos do clube.

“Desde a minha contratação, e como mencionei na minha primeira coletiva aqui, nos clubes em que trabalho, meu objetivo é deixar um legado relacionado à utilização das categorias de base. Por ser oriundo delas, gosto de estar inserindo (esses jogadores)”, destacou o treinador.

– Encontrei no Náutico aqui um trabalho muito bem feito, com atletas que eu já conhecia da base, e que eu tenho a certeza que vão evoluir, que vão poder servir ao elenco profissional, ao futebol profissional, não só do Náutico, mas do futebol brasileiro.

Um exemplo foi o pedido do treinador para puxar o garoto Dudu, de apenas 16 anos, do time sub-17. Ele subiu o garoto para o sub-20 e depois para o profissional.

– Não adianta a gente falar em base, se não lançar, se não colocar para jogar. Os atletas só vão aparecer para o mercado, e, principalmente, para o Náutico, sendo colocados em situação de jogo. E eu não tenho medo de colocar. Como fiz com o Dudu, e o atleta tem desenvolvido, tem evoluído, daqui a pouquinho vou colocar ele para jogar.

Apesar dessa avaliação positiva, o treinador ressalta os desafios enfrentados neste início de trabalho, principalmente relacionados à diferença de ritmos entre os jovens da base e o elenco profissional.

– Há uma diferença significativa: os atletas da categoria sub-20 estão no final de temporada, enquanto os profissionais enfrentam uma lacuna de quase três meses desde a eliminação na Série C. Essa situação impacta o ritmo físico, técnico e tático – explicou.

Apesar das dificuldades, Marquinhos demonstrou otimismo com a evolução dos jovens e destacou o comprometimento mostrado nos treinos e jogos recentes.

– Desde meu primeiro treino, os atletas da base têm correspondido bem. Isso foi visível nos jogos contra o Jaguar, o América-RN e Campinense. Então fico satisfeito com os atletas da base, mesmo sendo final de temporada, porque já estão entendendo o conceito, e com certeza vão estar sendo agregados e serão muito úteis ao longo da temporada.

O alerta, porém, também foi dado. Marquinhos fez questão de destacar a responsabilidade de utilizar os jovens da base. Ele relembrou exemplos de sua carreira e traçou metas ambiciosas para o Náutico.

– Muito cobra-se para que se coloque, mas pouco se fala depois que eles participam. E tem que ter, como eu falei, eu sou oriundo da base, Deus vem abençoando os trabalhos por onde eu passo, em estar colocando e revelando alguns jogadores, como o Zé Rafael, no Coritiba, o Talisca no Bahia, o Sorriso no Juventude, atletas que se destacaram a nível nacional e internacional, então é gratificante.

– E aqui no Náutico eu tenho certeza que nós vamos ajudar a revelar atletas de futebol, não só local aqui, na questão da valorização da marca do Náutico, mas com o futebol brasileiro sem dúvida nenhuma.”

Informações do ge.pe