MIDR Reforça a Importância da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no 1º Fórum Brasil das Águas

Governo Federal destaca necessidade de cooperação entre esferas de governo e sociedade civil para preservação e uso sustentável da água.

 MIDR Reforça a Importância da Gestão Integrada dos Recursos Hídricos no 1º Fórum Brasil das Águas Governo Federal destaca necessidade de cooperação entre esferas de governo e sociedade civil para preservação e uso sustentável da água.

Foto: Reprodução

Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR) participa, até a próxima sexta-feira (9), em Foz do Iguaçu, no Paraná, do 1º Fórum Brasil das Águas. Estão presentes representantes da Secretaria Nacional de Segurança Hídrica, liderados pelo secretário Giuseppe Vieira. O fórum é um movimento que agrega vários encontros e eventos, promovendo a cooperação, a inclusão, capacitação e troca de experiência exitosas entre os representantes da sociedade que participam e são responsáveis pela gestão das águas do Brasil.

No primeiro dia do evento (5/8), o secretário Giuseppe Vieira citou algumas ações do MIDR com relação à gestão de recursos hídricos, como revitalização de bacias hidrográficas, transposição do São Francisco, políticas voltadas à irrigação e ações feitas rotineiramente para evitar que alguém ninguém fique desabastecido de água. “Por mais que a gente tenha um país com abundância em recursos hídricos, como é no caso do Brasil, isso não pode permitir que fiquemos acomodados na gestão eficiente, no cuidado com o cuidado com o recurso hídrico”, afirmou.

Para o secretário, o Brasil é privilegiado por ter quase 13% da água doce superficial do mundo, uma costa oceânica de quase 9 mil quilômetros e os aquíferos, com muita disponibilidade hídrica. “Boa parte dessa disponibilidade hídrica está na região que tem o menor índice demográfico. Então a gente tem uma população concentrada onde não tem tanta disponibilidade hídrica, como na região amazônica, por exemplo”, destacou Giuseppe Vieira.

Para o secretário, é preciso pensar nessa disponibilidade de água de acordo com especificidade de cada região. “Temos que cuidar de preservar o meio ambiente para que a gente também preserve os nossos corpos hídricos. Isso fica como reflexão para ser tratado com todos os atores envolvidos nesse primeiro fórum no Brasil das Águas”, completou.


Gestão

A diretora do Departamento de Recursos Hídricos e Revitalização de Bacias do MIDR, Fernanda Ayres, participou do debate “Água e Sociedade: A atuação dos Comitês de Bacias Hidrográficas”. Ela ressaltou a importância da união das três esferas de governo e da população para que o Brasil consiga ter uma gestão de bacias, de forma eficiente. “Debatemos a importância da participação da sociedade nessa gestão de recursos hídricos, como é fundamental que a sociedade esteja integrada, a participação dos municípios e como a gente pode melhorar essa participação e essa governança dentro da gestão. Nós esclarecemos sobre a reinstalação do Conselho Nacional de Recursos Hídricos. Em breve, retomaremos as atividades, agora com todos os participantes membros já escolhidos e teremos muitos assuntos a debater dentro do conselho”, comentou a Fernanda Ayres.

A diretora de Irrigação do MIDR, Larissa Rêgo, esteve presente em dois debates. O primeiro foi “Água e Desenvolvimento: Os recursos hídricos como indutores de emprego e renda”; o segundo foi “Água e Agricultura”. Larissa discorreu sobre as políticas públicas do MIDR no setor, como os pólos de agricultura irrigada e projetos públicos de Irrigação.

O Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional participa da semana, no primeiro Fórum Brasil das Águas, juntamente com todo o sistema de recursos hídricos do Brasil, envolvendo estados, organizações não-governamentais e associações. “A curto prazo, nós podemos aumentar em 13 milhões de hectares na área irrigada, alavancando a nossa produção agrícola, e, realmente, fazendo a governança e a gestão de políticas públicas na agricultura irrigada no Brasil”, disse Larissa Rêgo.

O Governo Federal vem trabalhando em duas fases, seja na questão dos projetos públicos de irrigação, seja no reconhecimento onde podemos intensificar a agricultura irrigada no Brasil com os polos de agricultura irrigada. Hoje, o Brasil possui 12 polos reconhecidos, onde a gente pode intensificar e manter a produção agrícola dessa região. Com o intuito principal de expandirmos a área irrigada, considerando que o Brasil é referência de segurança alimentar para o mundo”, declarou a diretora de Irrigação do MIDR.

Também participam do evento duas vinculadas ao MIDR: a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

O Fórum Brasil das Águas debate as políticas públicas vigentes, as mudanças climáticas em curso, o uso racional dos recursos hídricos, o reuso, a inovação, a regulação e o financiamento de obras e serviços necessários, engajando e envolvendo nos debates toda a sociedade brasileira. Os públicos-alvo são o poder público municipal, estadual e federal, a iniciativa privada, os usuários de recursos hídricos, entidades civis, ONGs, a academia e toda a sociedade civil, considerando um quantitativo estimado de público de 700 pessoas

Este grande encontro traz também em sua pauta as questões de gênero, da educação ambiental e fortalecerá o engajamento da criança e do jovem nos diálogos e na educação pela água.

Plano Clima

As intensas mudanças climáticas presenciadas por todos os continentes nortearam o debate. O secretário Nacional de Segurança Hídrica do MIDR, Giuseppe Vieira, lembrou da possibilidade de a população poder contribuir com a resposta brasileira mais abrangente às suas causas e impactos, organizada por meio do Plano Clima, gerido pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática.

O Conselho da Federação aprovou, em julho, a criação de Compromisso para o Federalismo Climático, pacto que reforçará a articulação entre União, estados e municípios no combate à mudança do clima. A resolução aprovada durante reunião no Palácio do Planalto, em Brasília, determina a implementação de uma governança climática integrada e o desenvolvimento de planos, instrumentos e metas climáticas por todos os níveis de governo, entre outras medidas.

A ampla participação da sociedade é fundamental na elaboração desse instrumento, que será o guia da política climática do país nos próximos anos. Nesta primeira etapa do Plano Clima Participativo, você pode apresentar a sua ideia, comentar e votar nas melhores propostas. Então queremos evitar que mais pessoas sofram com as mudanças climáticas, minimizando a dor, seja por falta ou excesso de água”, disse Giuseppe.

Está em aberta a consulta pública Plano Clima, por isso fiz questão de ressaltar a importância de todos entrarem na página (Plano Clima Participativo – Brasil Participativo) e colaborar para que os recursos hídricos sejam devidamente contemplados nesse plano. Sem água, não temos vida, desenvolvimento, produção agrícola”, completou.

Céu Albuquerque

Jornalista, Escritora, Pesquisadora e Fotógrafa.

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